Divino seja o santo senhor Jesus todo misericordioso que vida doçura esperança me confiou, e por tudo isso aqui Ainda Estou, mesmo depois de tanta injustiça que o pessoal das desmatas fizeram eu entre muitos Espíritos indígenas ainda procuramos socorrer nosso povo da ganância desses que chamamos irmãos brancos, como podemos ter como irmãos se querem tirar proveito da nossa única sobrevivência? Agora entre nós acabara de chegar Cacique Pena branca com seu penacho ainda desfigurado pelos maus tratos que recebeste na defesa do nosso pequeno vilarejo indígena, este que disse que tudo estava sendo destruído pelas forças do branco que furiosamente procuravam nossas raízes para fortalecer as doenças do seu povo, essa e a época onde todos os povos indígenas reservam para cada um dos seus entes sementes da reconstrução e preservação das terras deixadas por Tupã nosso protetor maior, nessa época bem antes da civilização aproximar do meu povo tudo era paz, e o arco e flecha usávamos para nossa sobrevivência onde cada qual necessitava de caças e pesca muitos dos nossos Curumins ganhavam suas forças e crescimento alimentando seu corpo e recebendo mais energias dos espíritos que sobreviveram no espaço das matas virgens, entre ocas e tendas nossas comemorações era muito respeitadas pelos espíritos de nossos queridos guerreiros que partiram, das cinzas usávamos mesmo para banhar nossos pequenos Curumins onde eles poderiam permanecer com o mesmo espírito guerreiro daqueles que ajudaram na construção do seu povo, Boca de Lobo fora o índio mais próximo do Cacique Pena Branca e juntos percorriam mata adentro a procura das cachoeiras de onde poderiam trazer farturas daquelas águas correntes sem necessidades do Timbó, porque assim que descobrimos onde realmente poderia existir e permanecer a calmaria o danado do homem branco já tinha feito sua visita e tirado a nossa oportunidade de vida, a muitos anos atrás foi necessário o Cacique tupiniquins reunir principalmente os mais jovens de minha tribo para uma caçada a aqueles que sem nossa permissão atacava nosso território de paz e fartura, não tínhamos recursos como eles que viam e partiam para seus territórios levando nossas raízes e não nos deixava nada a não ser a destruição, Tupiniquins pediu para que se reunissem armados com teus arcos e uma quantidade boa de flechas, que juntos procurariam resolver, antes o Page Peito De Aço os abençoou e disse: “Se conseguirem resolver na paz, será melhor, assim Tupã se alegrara com meu povo e vera que meu povo defende só o que ele nos deu, agora vão que os espíritos do sol e da lua acompanhem todos vocês, permanecem a distancia, pois não sabemos com quem realmente lidaremos”, como eu estava com outro pequeno grupo de irmãos guerreiros a procura das pedras coloridas estas que apesar de ajudar nas cores da nossa pele onde preparávamos e nos enfeitávamos para os dias e noites de festas onde todos os espíritos rodeavam nossa fogueira de onde poderíamos receber toda força do fogo e o calor da união indígena, a linda e formosa Estrela Dalva esta que era filha do nosso guardião da tribo Xavante nos acompanhou, pois era a conhecedora das cores preferidas de seu pai, este que me confiou a guarda de sua filha, bem antes de retornarmos passamos entre diversos coqueiros e chegando ao meio de uma mata onde enormes arvores estas que nos ofereciam deliciosas castanhas, nos presenteou com uma grande fartura de seu fruto, próximo dali pude ainda colher um pouco de água de um cipó que já havia se enrolado todo em um tronco de uma das riquezas do homem branco do qual deram o nome de Pau-Brasil.
Já era um começo de noite onde nossa querida irmã Lua iluminava nosso caminho, o que havíamos procurado estava colocado nas cestas estas que foram feitas cuidadosamente em palhas das folhas de Embaúba um coqueiro que era muito útil para nosso povo, pois suas palhas nos serviam como proteção do irmão sereno e da irmã chuva, e ofereciam-nos um conforto a mais, nossas irmãs há esta hora haviam preparado um sugo de uma raiz amassada onde era de um sabor inaqualavel, das quais nos teus dias de hoje muitos a chamam de Mandioca, esta que fora uma das primeiras raízes a alimentar nosso povo, depois fomos descobrindo varias, e varias que até nos dias de hoje e do desconhecimento do homem branco, ao chegarmos à oca central da aldeia fomos direto receber as benções do nosso querido irmão Page, ele estendendo tuas mãos sobre os filhos que ali estavam nos deu boas vindas, eu que sempre tinha um privilegio a mais, não sei o porquê, ou melhor, não sabia o que estava sendo preparado para mim e o que os espíritos dos meus antepassados poderiam oferecer-me.
O novo alvorecer já despontava atrás das grandes montanhas da cachoeira nos alimentando da pura energia, logo bem cedo percorri uma trilha aonde havíamos deixados uma catraca de caça essa feita com galhos de Aroeira e ponta de lanças de bambu, na esperança de capturar os pequenos mais perturbantes Javalis dos quais não mediam esforços para procurar alimentos justamente na plantação das nossas raízes, Caiçara está que era filha de brancos, pois há muitos tempos viera a cair em nossas terras um pássaro de aço desses que vai e vem sobre o nosso céu azul, ela que fora encontrada por mim mesmo, quando estava na trilha dos mesmos javalis, levando ate nosso Cacique para que ele pudesse resolver se deveríamos ficar com aquele espírito que caiara justamente em nossas redondezas, abençoando a pequena que tinha uns olhos negros igual uma das nossas frutas mais conhecida como Jabuticaba do campo entregou-me dizendo és tua então será sua missão em cuidar da mesma, pensei comigo não posso como deixar de lado a minha guarda da entrada e trilhas dos porcos mateiros, colocando-a em uma rede esta feita com traços de Bananeira onde era mais confortável para aquela pequena estrela vinda dos céus, será que tupã me presenteava com aquela criança,Estrela Dalva procurando-me propôs ajudar na criação daquela pequena onde dizia ter ouvido de seu pai que estaria eu recebendo um espírito prestativo em outras encarnações onde a mesma havia sido minha companheira em outra tribo por nome Tapajós .
Nós os Tupinambás fomos os primeiros a fazer contato com o branco nessa terra onde hoje e conhecido como a região Sudeste na costeira do rio Juqueriqueri, para nossa reputação indígena de ferocidade por ficar em guerra direta com os vizinhos com um enorme desejo de vingança, o que fazíamos mesmo com nossos inimigos capturados era de devorá-los durante o que nosso povo chamava Cauinagens, tínhamos nossa próprio meio de sobrevivência, depois desse que posso confessar entre laços com meu povo e o homem branco começamos a ser comandados pelos senhores dos engenhos por falta do homem escuro ou escravo como eles diziam, muitos de meus irmãos inclusive eu mesmo fomos para a lida nas suas plantações de cana onde nós Tupinambás e os Tamoios ficavam na aldeia de sapucaias, onde passamos ate mesmo esquecermos-nos de nossa língua Tupi, nos dias de hoje o que muito de vocês ainda tem e a nossa preservação estas que incluem nossas danças, rituais, artesanato até mesmo a culinária, e muitos buscam nossas forças espirituais em teus encontros, nossa tribo Tupinambás sempre mostrou força e reconhecimento, depois da nossa era de Canibalismo passamos a respeitar quem nos respeitassem, hoje em dia muitos de nós Índios somos civilizados confesso que sem nossa vontade, pois vocês irmãos brancos querem respeitos onde agente às vezes brigamos pela nossa mata e reserva tão escassez, oferecida, acho que não vai durar muito tempo e a certeza que poderá vim acontecer uma reviravolta nos dias atuais poderá surgir.
Depois que Estrela Dalva confiou-me sua ajuda nos cuidados daquela pequena luz que o Cacique me confiara sua guarda, ao passar de muitas luas Caiçara foi transformando minha vida, e de toda a tribo, passei a ser um índio confesso que mal podia entender o porquê daqueles cuidados comigo, será que seria o motivo de ter eu em minha companhia a menina de olhos negros e cabelo de fogo? Passei sim e ter a maior responsabilidade diante do meu povo Tupinambá, escolhido entre tantos irmãos mais aguerridos do que eu para ficar a frente do grupo de guerra, pois nessa época não havíamos contato algum com outras raças, o grupo que saíram em busca de algum humano diferente de nós depois da queda daquele pássaro de ferro de onde eu havia encontrado agora companheira Caiçara, retornaram depois de duas luas cheias, trouxeram alguns pertences encontrados totalmente desconhecidos pelo meu povo e os poucos espíritos que restaram do branco foram queimados, onde suas cinzas serviram como um complemento nas nossas pinturas dissolvidas nas poucas pedras coloridas que Estrela Dalva havia escolhido, pois acreditávamos que poderíamos assim possuir as forças daqueles espíritos, o que nos representava mais uma grande conquista, todas as luas cheias éramos assíduos nos nossos rituais em volta de grandes fogueiras, onde podíamos saborear a oferta de peixes e das caças feitas por Tupã o maior poderoso de todos, pelo mundo espiritual e comum encontrarem um pouco do meu povo, de suas forças, e culturas, os Tupinambás são somente filhos do sol e da lua onde as energias das matas meninas reestrutura nossos espíritos, nesse momento tão especial por mim gostaria de dizer vos que estou muito feliz pelo carinho e respeito nos teus dias de hoje, onde vários de vocês a maioria brancos encontram paz, harmonia em suas mentalizações para com meu povo Tupinambás, e tudo que nós aconteceu em vida, continuamos amparando todos aqueles espíritos ainda encarnados em busca de suas realizações, nossas forças espirituais tem sim ajudado remover poeiras do descontentamento, incertezas, desamores e diferenças, em nome do meu povo Tupinambás peço que muitos de vós outros mentalizem teus dias e noites onde as vezes se deixam perder por não reconhecerem os caminhos da espiritualidade iluminadas pelo clarão da irmã lua, sejam uns para com outros compreensivos, pois poderão encontrar no vosso amanhã as Benções de uma Caiçara, até nos dias de hoje muitos tem para consigo mesmo nossas forças espirituais, manipuladas e diversificando glorias do plano espiritual, aonde a esfera maior vos conduz para a realização a favor de muitos que vós rodearem, fique na paz e que a força divina do meu povo TUPINAMBÁ vós abençoe.
Pelo
Mentor
Tupinambás
Nenhum comentário:
Postar um comentário