quarta-feira, 2 de junho de 2010

Estrela e Sertão- Poemas de um espirito.



Encontrava-me em um lugar tão magnificamente, onde podia ter toda certeza de que minha felicidade jamais sairia do meu eu, flores... Há flores vermelhas de petolas onduladas perfume de menina, não precisa ser um artista nem tão pouco um poeta para contar uma vida repleta de cores, necessitava eu de confortar entre um sertão este que em todas as estações me oferecia o mesmo encanto, me espanto em direções em um monte onde a palmeira bravamente ruiva com o sobro do vento e a distancia encontro o rio de águas azuladas molhando o orvalho das manhas ensolaradas a brisa mansa de um final de tarde volto pra casa o sol despedindo-se entre os rochedos refletindo teus raios alaranjados pelos arvoredos, aos poucos a lua amiga da à graça e me acompanha num caminho de certezas olhando o céu estrelado fiapos e coriscos se passam, até a estrela Dalva viera me visitar nesse sertão esquecido em meus amores a pensar, quisera que esta lua levasse aquela que um dia beijei os lábios teus avisá-la de que aqui alguém te aguarda, entre as flores avermelhadas, amarelas e violetas têm onze horas, margaridas e girasois, agora o lago negro reflete em teu berço as nuvens brancas do universo, me encanto com o cantar da coruja tremedeira que fora companheira do curiango mateiro, agora tudo e coberto com os riscos no céu da estrela cadente fazendo agente pedir o impossível e quem sabe ser descoberto, aqui nesse mundim separado do que e ruim, visitar o outro lado sei que não e para mim, aqui vou ficando ouvindo louvores, o canto da juriti ao tronco no mujolo, a tardezinha o inhambu piando a seriema cantando o jaó me lembrando os meus casais de avós, estes que juntos viveram em festa no sertão onde a seresta encantava quem passava nessa mata de mistérios entrego aos segredos continuo caminhando deixo de lado o medo seguindo as estrelas entre os trieiros ouço relinchar será que e trovão um cavalo erado forte e arribado veio entre as matas dos outros lados, em sua companhia uma maravilha de crinas finas um sangue puro dos chamados eqüinos, até o avermelhado tinha sua companhia eu pensava a todo instante cadê minha metade será que Vou Sozinho andar entre as flores onde tudo era enfeitado quisera eu estar dormindo o que na verdade eu sempre acordado, não preciso fazer rima o que me fascina e estar desse lado, são diversas estrelas que de lá me animam, não posso reclamar dessa solidão do sertão este reservado, onde e guardado muito amor e compreensão tem disciplina de bom agrado hoje estudo mais, tenho alguém de espírito forte que diz ter passado os teus dias nas moradas do norte, veio uns de Minas, Corumbá e Petrópolis, tem espírito importado dizendo ser mandado do rio grande do norte, nesse conto passageiro onde tudo e contado sou espírito das dores fui curado, entregando meu espírito esquecendo-se do passado, envolto de uma lã fina do carneiro arrancada, tachos de madeira esculpida e moldada, o meu banco e simplesinho no aconchego do meu lar, as estrelas presenteia reflexos que são passados através das poucas telhas do meu telhado, hoje aqui estou eu pensando nos pássaros pretos, bem-te-vi e canários, os curiós cantador o trinca ferro brigador, na palmeira mais alta das flores eu vejo o pequeno beija-flor, suas asas forasteiras paira no ar como pluma de paineira, seguindo minha jornada nesse plano promissor peço todos os dias salvai-me Senhor, fui um ser encarnado os meus dias esperdiçados, meus amores esquecidos meus familiares deixei de lado, ó meu povo querido quisera eu já ter voltado encontrar com vocês não importa ser passado, estaria agradecendo tudo que foi me dado, rejeitei muitos amigos e por muitos fui ignorado, tinha uns que me via como um coitado fui direto para o lado dos desamparados mesmo tendo abrigo do meu lar confortado, hoje aqui estou contando um pouco dos meus erros mais muitos já foram perdoados, papai, mamãe e irmãos todos estão conformados com ausência desse espírito ao seu lado, visito-os todos os dias que gracinha está maninha está a ultima a ter chegado, completando minha ausência em um lar abençoado, vovô cantarolando e vovó assobiando ouço ainda tuas vozes como Se estivessem me chamando, confesso para vocês não fui sozinho errado, tinhas mais uns três que me acompanhava, na hora não pensei e os outros ignorava queria era ter luxo sem ter trabalhado, tiramos a vida de um senhor aposentado sem saber o que fazer ou ir acordei desse lado, aqui sofri demais até ser apresentado as estrelas que cobriam o sertão desse lado, e tudo esquisito mais no mesmo instante tudo bonito,caminhei por longo tempo sem saber aonde ir,tive encontros inesperados com espíritos que não queriam ser apresentados, uns mais enjoados com olhares de vômitos e posturas esquisitas, em uma visita veio o então apaziguador oferecendo humildade e amor, aceitei de imediato não me deixei ser fraco apesar dos meus erros pelo bom deus fui criado, na esperança de conseguir esquecer daquelas senas onde fui encarnado, comecei a dedicar aceitando o lugar como berço de um granfino eu que menino não fui tão robusto mais também nem muito fino,as horas vão se passando a tarde aproximando eu me lembrando das ave-maria que rezava, junto ao pé de cedro embelezando as maritacas que em teus galhos repousava, a querido João de barro de cantar envolvente chamando a companheira que sobrevoava tão felizmente, hoje estou contente por levar a muita gente o que tenho em mente, amor, compreensão mais não e o suficiente, eu preciso resgatar neste sertão amigo o brilhar das estrelas a compaixão dos que aqui estão prometo voltar outro dia e continuar com as estrelas e o sertão.

Gabriel.

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