terça-feira, 26 de outubro de 2010

A MINHA VEZ- GABRIEL.

Hoje um pouco solitário apesar dos muitos lugares a serem visitados me encontro e aproveitando essa oportunidade falarei de mim pela segunda vez, só que serei mais detalhista, e espero que este que fará a minha historia chegar até a vós outros possa estar em harmonia consigo e com esse amigo espiritual e começo narrando assim:
         Sempre ouço algum espírito que aqui são milhares dos milhões reclamando teus entes queridos pela falta de sentimento para cada um que em massa física ficara a sós, e hoje aqui distante reclamam o amor esquecido a ser ofertado na sua permanência no mundo físico, bom eu quando estive procurei ser o mais humilde entre dos muitos amigos e familiares que tive, e lógico que não poderia condenar alguns, pois tive sempre consciência de que estava reencarnando ainda condenado em busca de uma regeneração física que levaria meu espírito a um esclarecimento consciente de que tudo não passaria de um simples curso entre idas e voltas.
          Apresento-me como um ser espiritual que ainda vive nas dimensões dos desconhecidos abismos da incompreensão e aceitação, meu eu no plano físico foi de glamour e sucesso e contrai para mim diversas doenças com diagnósticos sempre sem soluções do medico físico, até que comecei a compreender melhor os que me falavam de certo lugar onde poderíamos continuar nossos encontros daqueles desconhecidos de um plano chamado espiritual, era ai que eu desconfiava das poucas palavras que certo amigo meu dizia existir, era no inicio de um milênio conturbado e indeciso, onde podia conviver com a traça e a ferrugem das piores que teus dias atuais, com o passar do tempo, tempo esse que você lapidado com a tolerância, humildade poderia conseguir sobreviver entre tantos pontos de interrogação, eu fui do tipo que confiava mais nos meus próprios instintos do que os apresentados para mim sempre achei que meus melhores amigos eram meus dedos dos pés e mãos, pois ambos jamais se separavam para nada, onde quer que um tivesse os outros participava também, agora as decepções foram as maiores onde as dores eram constantes a febre da ganância jorravam e as maledicências também, me sentia no auge dos senhores granfino mesmo sabendo que todos excluíam-me, não prestava a atenção nesses transtornos e continuava a pensar grande, o tal glamour que iniciei falando era sonho de conquistar os mais altos degraus de uma evolução que se tornava sempre pequena e distante do meu alcance, quando deixei levar-me pela realidade dos meus vividos merecimentos e que comecei a entender de que não poderia abandonar o que aprendera com dificuldades, presenciei senas de destruição mesmo sabendo quem as causaria me calei, até no desencarne de um irmão fui negligente em não falar nada como...Foi fulano de tal por causa disso ou daquilo, mais sempre registrei em pergaminhos com pena de pavão que eu usava para anotar tudo que acontecia entre a minha família e a sociedade, tão quantas foram as causas depois descobertas com minhas Secretas escritas me quisera ter tido aproveitado mais os meus conhecimentos e dons que recebera na minha passagem pela terra, onde fui o responsável para escrever e anotar tudo que poderia comprometer os principais senhores do engenho e daqueles que covardemente tiravam vidas de muitos espíritos que não mereciam passar pelo que vocês hoje chamam desova, engraçado nas muitas historias narradas por mim e psicografadas por esse que humildemente chega a ficar plainando entre teu físico e usando tuas forças mediúnicas transcreve os fatos cuidadosamente para que os devoradores das escritas venham dar a entender um pouco dos muitos passos já vividos pelos espíritos que permitiram minha narração, agora cá eu outra vez porque também quero aparecer não ficar no anonimato, cobraram de mim essa atitude, querem que eu conte tudo ou o principal como falar de minha família, como dividi o plano físico do espiritual, quem realmente fui e o que meu espírito ainda faz aqui nesse albergue da verdade, onde o cálice das boas novas derramam verdades e esclarecimentos,  eu antes de encarnar nós anos de um mil quinhentos e trinta já haviam descobertos diversos lugares, ilhas e lugarejos dos quais vim a nascer em um ventre de uma índia que recebera me com festa que com o passar do tempo transformou-se em tristeza após os homens de túnica preta e de grandes chapeis trocarem-me por mercadorias na promessa de retornarem um dia para devolver-me coisa que não aconteceu, e em uma terra super desconhecida fui criado tive mimos e carinhos dos muitos enfeitiçados e surpreendidos pela má companhia de religiões criadas em adorações diante até de um tronco de uma arvore que oferecia riqueza, não gosto e nunca gostei de esclarecer o que me aconteceu em vida, porque não só tumultua meus sentimentos mais sim o não entendimento dos muitos que poderão ler o que vós conto agora, conheci lugares que talvez ainda nos dias de hoje são encobertos pela natureza nas profundezas da terra, em mares onde a Tempestade levou-me a entender as coisas de deus, só ele poderia mover as nuvens de um lado para o outro, só ele poderia oferecer a calmaria onde e quando quisesse, então tinha em mente que aqueles que foram conhecidos como tripulantes de uma esquadra de senhores onde o ouro e o diamante brilhavam intensamente as intenções negativas, presenciei sofrimentos, corpos sendo atirados dos grandes convés, e entre tantos que acorrentados prestavam algum tipo de serviço escravo pude ter o privilégio de conhecer o negro João das Matas, digo privilégio pois hoje ao decidir contar a vós minhas poucas aventuras no físico ele já e reconhecido entre vocês como um espírito de grande hierarquia levando e emanando paz, esperança e conforto para muitos, neste nosso encontro ouvi desse amigo que humildemente falou aos meus ouvidos meio que as escondidas, “presume as incertezas e nem conviva com o Não olhe sempre ao teu redor,pois muitos de necessitarão encarnados ou não e continue alimentando seu ego espiritual do qual nós encontraremos um dia”,  modéstia, eu nesse encontro senti estar diante de um ser totalmente diferente só que a principio não entendi o que aquele sofrido homem quis que eu entendesse, continuei fazendo as vontades daqueles que haviam me tirado de um astral puro e de matas frondosas das mais puras vitalidades, assim que pude ver a luz do sol quando ai cheguei tive a felicidade de receber o nome de um guerreiro que a anos já havia desencarnado, segundo nosso pajé olhos de águia eu era a reencarnação do caboclo Tupiniquins e desde meus primeiros passos até a invasão dos descobridores de terras fui chamado assim Tupiniquins do sol, após minha partida com aqueles espíritos desconhecidos que levianamente fez com que meus tutelados aceitassem tipos de mostruários desconhecidos pelos povos de sangue azul como chamavam as tribos existentes na época, não posso e não quero de forma alguma contar tudo que acontecera no meu caminho e missão no teu mundo físico, e poriço que as vezes até imploro para que meus irmãos espirituais que aqui como já vós contei são milhões dos esclarecidos e desconfiados de um novo recomeço em plano superior e totalmente voltado para receber os que precisam reciclar e talvez até de serem resgatados das escuras e sombrias cavernas do canal vermelho, o umbral e tipo um ajuste de débitos com muitos dos desencarnados com suas próprias vitimas do físico que as vezes passam um extenso tempo enquanto aquele ou aqueles que necessitam do perdão no reparo dos erros cometidos e falhas, quando encarnado recebi de uma negra um colar e um pequeno livro que segundo ela já constava ali em tuas escrituras algumas palavras ditas pelo grande Mestre Jesus, eu nas oportunidades que tinha acostumava ajuntar as difíceis letras ainda totalmente longe dos meus conhecimentos, o Almirante Bonifacio vendo a minha dificuldade teve a tolerância em vosso coração e para comigo nos ensinamentos, passaram meses e ainda continuava a navegar entre uma tripulação que viviam mais de resmungos e idolatria sem conhecimento algum do Grande e poderoso Nosso Senhor Jesus Cristo, quando aprendi a ler mesmo que engolindo algumas averbações eu decorrei a seguinte mensagem de um livro que trazia as mais puras verdades do tempo que ai estive e que vem atormentando os teus dias de hoje nesse mundo físico que desgovernado está a prestes a destruição mesmo que seja aos poucos, pois vocês mesmos que querem e ai daqueles espíritos que se quer aceitam as instruções dos sábios do teu hoje, observe o que diz nesta pagina tão minúscula em que vós conto agora mais que suas escritas são validas desde sua primeira palavra nele colocada por um dos que assistiu o todo poderoso passar ai entre vocês...Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
 Que tipo de porta seria está em que ele alertou? Eu queria entender o significado das palavras escritas há milênios atrás e continuava a martelar minhas idéias procurando deixar que respirasse para o dia de amanhã, perguntei a mim mesmo mais quem pode ter deixado umas parábolas assim? Voltei ate a negra que me havia repassado o colar e o pequeno livro tentando encontrar uma resposta, cheguei tarde enquanto tentava eu decifrar o que me confundia em um ancoradouro de um vilarejo que hoje já e conhecido como Congo aquela negra escrava havia sido vendida, e perguntava a mim mesmo o que farão de mim um simples índio e nessas condições de medo chegamos a uma aldeia de um povo apavorado com a aproximação das grandes embarcações era percebido um alvoroço e os sinais de calmaria passavam longe dali, dos muitos que resistiram à aproximação foram alvejados com disparos ainda desconhecidos pelos nativos daquela ilha, meus olhos puderam ver as maledicências e destruição causadas pelos chapeludos que haviam me retirado da presença do meu povo, dali quantos foram retirados os pequenos foram banidos, os velhos escorraçados as mulheres de corpo viril e os jovens foram levados para os rumos ignorados ainda por mim que assustado não queria afastar-me do velho João e continuei a leitura “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amem. Ora vem senhor Jesus, a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.”, Era para mim um sinal de que eu precisava alcançar o que eu acabara de ler-nos poucos rascunhos que estava em meu poder, acho que navegamos mais uns dois dias e chegamos a um atracadouro onde diversos navios estavam, era uma confusão e tanta uns puxando diversos negros amarrados, uns vendendo e trocando mulheres de cores em pranto e sofrimento, ao pisar em terra firme onde eu jamais imaginaria chegar um dia, para mim que fora entregue sem maldade alguma pelo meu povo apenas com trocadilhos desconhecidos pelos meus guerreiros, bom vocês já perceberam que eu venho de um povo físico encarnado como índio e no espiritual essas forças tende a ajudar muitos em teus rituais, e eu que jurei não alongar muito que eu fora, mais prometi não só os que me propuseram tantas historia de vidas no físico como a este que vós escreveis há muito Tempo O que tenho vontade de que chegue aos olhos de todos os espíritos encarnados, fui criado diferenciado de minha cultura hoje conhecida por todos, tive uma educação diferente mais meus costumes indígenas permaneceu para sempre, fui batizado com águas cristalinas de uma capela em uma pacata cidade de Moscou com o nome primeiramente de Ângelus, com o passar dos anos propuseram o meu conhecimento de Gabriel segundo eles era o descobridor das fontes de Napoleão, trafeguei mares, matas e em busca de minhas heranças transcendentais retornei para a misteriosa mata onde o ruivo das cachoeiras fortalecera minha mente em busca do meu inicio, tive um encontro desastroso onde meus pais conhecidos no plano espiritual como Caboclo peito de Aço e da índia Janara o nosso pajé atual no principio de meu retorno não aceitou que eu ficasse com meu povo pelos costumes diferentes que eu aprendera em terras e lugares diferentes, aceitei as acusações e caminhei entre altos rochedos enfrentando o orvalho frio das madrugadas e o ataque dos famintos lobos, podem perceber que a dificuldade para todo espírito encarnado não e de hoje, a muitos tempos acompanha cada ser que passou entre um mundo físico conturbado até nós dias de hoje, quando completei meus setenta anos e sem tantas forças para continuar a evangelização de tribos que aceitavam minhas peregrinações adoeci entre uma mata frondosa onde o sol iluminava meu espírito, senti sendo carregado pelos fechos de energias diretas de um espaço que fez me grande diante as tormentas das cavernas escuras de um lugar cheios de lamentações e sussurros, quando aqui cheguei fui agraciado com as boas vindas dos espíritos que haviam deixado de acreditar que eu poderia vim ser o que fora entre a criação humana em terras distantes do meu... Antes que escureça eu preciso ir, na esperança que aceitem um pouco de mim, porque só agora necessitava da Minha Vez.                                                                       Fiquem na paz.  Eu GABRIEL.

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