quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DOIS AMORES.

... Pela manhã eu já caminhava entre o bosque a pedido do Dr. Péricles, após realizar diversos exames e não chegando a nenhuma resposta sobre as dificuldades que eu encontrava para livrar-me de fortes dores musculares por todo meu corpo, o que preocupava muito e as indecisões deixar-me-ão entre obstáculos do nervosismo preencher minha mente, mais precisava persistir com o tratamento e acreditar que poderia embolsar meus diagnósticos vazios para todo o sempre.

A cidade agora me oferece diversas currutelas o que me fez lembrar-me das diversas brincadeiras que eu ali realizava, eram momentos de alegria e jamais em momento algum poderia eu pressentir o que vivo agora, porque esse corpo que tanto cuidei carinhosamente oferece-me de uma hora para outra essa surpresa desagradável, reclamo agora a falta de uma tarde de domingo com os amigos em um futebolzinho, já tentei mesclar a vontade com as dores mais fui derrotado em todas tentativas, os nervos de minha coluna parecem não suportar o pouco peso que possuo, e sinto distanciar-me de mim mesmo a cada dia, porque será que tinha que ser logo eu? Minha adorada profissão já não me sustenta mais, minhas caminhadas parecem encurtar cada vez que tento ir adiante, meus calcanhares incham e os dedos de minhas mãos formigam e eu até quando suportarei essa perseguição sem resultados algum, em minha gaveta pode ser encontrados todos os tipos de exames e biopsias de diversos centro de tratamentos, todos...Todos NORMAIS e o que então retira de mim as idas e voltas pelos caminhos e lugares que sempre freqüentei, a cama parece querer me expulsar só a vidraça observa as minhas tentativas de um conformismo fingido, o meu gato Sianes parece sentir meu sofrimento, as caminhadas das manhãs estão sendo tardes sombrias tomadas pela escuridão da noite, já não posso calçar mais meus lindos pares de tênis que meu filho presenteou-me, ao meu lado da cama em meu criado mudo já desfolhei um exemplar do Santo Livro Sagrado uma Bíblia que Beatriz presenteou-me, ela acompanha-me deste o nosso Namoro hoje estamos casados a uns dezoito anos, ainda bem que posso confiar minha vida ao meu amor, o que preocupa um pouco e o Frederico o nosso menino coitado é ele que está a frente da nossa pequena propriedade, está que adquiri visando proporcionar aos meus familiares dias melhores e agora eu totalmente isolado de tudo sem ao menos poder sentir a brisa da manhã na retira do leite, há minhas plantações será que estão Sentindo minha falta na hora de regá-las, tenho muita esperança de que possa vim caminhar novamente como antes, agora os poucos minutos que consigo educar minhas pernas a me levar entre o jardim de casa é o que consigo, às vezes vou um pouco mais na companhia de Beatriz ela que tornou o esteio de nossa casa, recebo sim a visita de alguns dos que posso chamar verdadeiros amigos, não posso condenar os que se afastaram de mim, pois para muitos eu não olhei como mereciam, agora compreendo o que o Senhor Cristo Jesus quis dizer em sua parábola de que “Será mais fácil um elefante passar pelo o buraco de uma agulha que um rico entrar no Reino de deus “pai”, seria isto que me afetava por inteiro, não soube expressar com tolerância e nunca deixei que a humildade controlasse meu EU, precisava talvez passar por essa aprovação de que ninguém e mais que o outro, espero que a visita de Dona Guilhermina me faça bem, porque o que me restava agora era tentar ouvir as pessoas de vida onde superaram os obstáculos dos nossos dias e noites, ontem recebi uma caixa que trazia no teu conteúdo um livro Kardecista e uma mensagem enviada anonimamente que ao ler pude sentir-me entre o céu e a terra, como se as nuvens chorassem por mim, dizia... Prezado companheiro de tantas estripulias de infância onde nossas cassadas rendiam para nós um farto tira gosto das codornas e inhambus caçados nas leras do milho quebrado, fiquei sabendo ontem através do filho do finado Eliomar... Lembra do Eliomar aquele que te salvou do afogamento na represa do Sr. Vantuil, então ele deixou saudades para mim e tenho certeza de que você também sentira bom venho trazer até a você um pouco de conformismo com essa dor que aos poucos vai te corroendo, mais se lembre que eu depois que parti da nossa cidade também sofri graves problemas de saúde e ainda não me recuperei totalmente, mais depois que deixei os bons espíritos de luz tomar conta do meu eu, fui reerguendo novamente e espero que encontrem nesse livro algumas respostas para os tantos porquês que já pode ter feito, digo assim porque também vivi um bom tempo me perguntando por que eu, hoje tenho todas as respostas e se Deus quiser e ele quer você também terá as tuas, fique com Deus o maior Medico de todos os tempos, do amigo de ontem de hoje e de todo sempre. Abimael.

Antes de folhear as primeiras paginas do livro que tinha os dizeres o evangelho segundo espiritismo, por Alan Kardec fui preciso enxugar as poucas lagrimas que meus olhos expeliram no instante que eu acabara de ler aquela confortada mensagem, e lógico que nunca me esqueci do amigo Eliomar que o bom Deus o tenha, assim que me refiz daquela alegria por ter noticias de Abimael comecei a ler confesso que já nos primeiras estrofes fui me sentindo mais leve, e sentia me envolto a um mundo sendo recriado para mim onde o sentido da vida poderia a vim ter outra postura, e pensei profundo pedindo ao meu criador que reciclasse esse filho que alimentou por longos anos indiferenças entre tantos que deixei de ajudá-los, antes de findar mais um dia assim que o sol se pôs entre os altos pinheiros senti que necessitava respirar um ar mais puro do que aquele que recebia sobre quatro paredes, Letícia que prestava ajuda já alguns meses depois da minha recaída sempre me oferecia está oportunidade de caminhar ou ao menos tentar, ela que sorridente ajudou-me na realização de um sonho que eu sentia poderia não estar distante de mim, a cama que eu passava a maior parte desses dias clausura do parecia emburrar-me seguimos com passos menores que os de uma criança quando começa a gatinhar, chegamos frente à porta da frente está que há tempos meus olhos deixaram de ver, fiquei sentado por algumas horas maravilhando-me com o despedir de mais um dia, e sentindo o vento fresco de uma tarde promissora, quando Beatriz chegou era nítido perceber no teu rosto a tamanha felicidade a me ver ali, ela que me abraçou e senti o calor de teu corpo coisa que não acontecia desde a minha recaída, a mesma felicidade era percebida em Frederico, aquela noite de sexta-feira se alongou noite adentro, nós que iríamos receber no dia seguinte a Dona Guilhermina que há muito tempo atrás já havia procurado minha família para falar um pouco mais de DEUS e de sua adorada doutrina espírita, eu que corria a metros de Distancia quando era mencionada a palavra espíritos, antes de pegar no sono li mais umas duas paginas do livro que me agradara nas afirmações que eu ainda deixava passar despercebidas, e dormi com uma mensagem forte para os desacreditados ... “E então foi assim o dom como ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.”
E quantas ofensas eu havia oferecido quando perambulava entre muitos que me queriam bem, agora recebo a condenação na esperança de alcançar a justificação dos meus erros gratuitos, essa noite foi como se eu estivesse nascido outra vez e dormi igual um bebe, após receber os carinhos de sua mãe, por volta das nove horas de um sábado que amanheceu nervoso com nuvens carregadas e alguns trovões, até parece que poderia ser um meio para que minha visita deixasse-me esperando, o que não aconteceu porque bem antes do céu reclamar do calor dos dias anteriores Dona Guilhermina já estava em casa toda sorridente e feliz a me ver já dando alguns passos sem ajuda de uma muleta, assim que Beatriz ofereceu-nós um agradável café da manhã reunimos na larga e espaçosa sala onde um lindo tapete cobria o frio do piso, Frederico atentamente só observava a Claudinha a neta de Dona Guilhermina, começamos a falar um pouco de tudo inclusive da minha religião, está que há tempos eu não sabia nem o que acontecia nas celebrações, Guilhermina falou com um tom manso e pausadamente para que meus ouvidos pudessem entender o que ela falou... Filho desde a minha entrada pelo teu portão principal senti uma energia muito forte e negativa rondando teu lar, já aqui dentro sinto uma paz, mais que está sendo perturbada com uma interferência negativa, estas forças meus amores podem atingir principalmente as pessoas que agente tanto ama, olhando para Beatriz perguntou e você minha filha tem participado de uma celebração ou um encontro na sua igreja.... Beatriz cabisbaixa respondeu eu também há tempos acompanho meu esposo, e mal lembro de agradecer meus dias, minhas noite e nem pela vida que tenho, Dona Guilhermina continuou,pois bem estão precisando aproximar mais de Deus pai todo poderoso, não precisa ser na minha doutrina espírita pode ser na de vocês mesmos, basta terem muita fé porque o pai já nós deixou bem claro filhos peçam que eu vós atenderei dentro do merecimento de cada um, Eu tomando as palavras daquela que carinhosamente falava quis saber se poderia participar de um encontro em sua doutrina, ela simplesmente olhando para o céus disse Graças a deus, Salve os bons fluidos espirituais e completou claro filho quando e hora que quiser, falei pode ser hoje, ela falou sim iremos então, aquela simpática senhora trouxe não só para mim a felicidade como para o Frederico era fácil perceber a felicidade em teu rosto ainda mais ao conhecer aquela linda jovem o que fez sermos espíritas assíduos desde aquele dia, confesso que tivemos nossas vidas normalizadas e os abismos da incompreensão afastaram-se para sempre, agora a paz, a harmonia reinava nosso lar, os amigos de antes consegui resgatá-los e a maioria que viviam na mesma penumbra do que eu passaram a conviver no mesmo caminho, comecei a caminhar forte e as dores que me corroíam tomaram rumo ignorados por mim sem saber que o maior Espírito Divino de Deus Pai havia abençoado-me e curado, hoje neste plano espiritual resolvi contar vós que temos a oportunidade de conviver entre tantos desmoronamentos que o mundo físico oferece se você pensar em querer ser mais que teus amigos lembrem-se desta passagem que me acontecera, agora vivo em paz, harmonia, tolerância, e a cima de tudo alimento-me de humildade na esperança de poder voltar um dia para felicitar os espíritos que eu fizera conviver no lamaçal das tristezas, o Eliomar pouco pode me ver porque reencarnou pela sua vontade própria onde virá a ser um braço direito da pobreza excomungada por ele mesmo, o Dr. Péricles parece começar tudo outra vez e é um assistente num albergue dos enfermos que chegam diariamente aqui, Beatriz continua no Centro Espírita depois que ela desfez de alguns bens nossos para reformulação daquela casa de luz, lembram da Claudinha a neta de Dona Guilhermina com o passar do tempo casara-se com meu Frederico e segundo o que ouvi aqui talvez eu venha a ser filho do meu filho para que juntos possamos resgatar o tempo perdido, o Abimael continua sendo um amigo e tanto ele que veio depois de mim e não precisou passar por longas horas na escuridão que passei hoje desencarnado posso acompanhar tudo que eu deixei de fazer, quantas pessoas que sentiram prejudicadas por mim já me perdoaram, o que tenho acrescentar e que pude mesmo que tarde encontrar o verdadeiro caminho a ser percorrido por todos os espíritos ainda encarnados dos quais muitos estão jogando essa oportunidade janela a fora, tive sim então duas vidas uma de desilusão e outra com Meus Amores que foram os que rejeitei mais que me aceitaram e um Amor maior fora Dona Guilhermina que aqui ainda carrega-me em teus braços.



Fiquem na paz.

GABRIEL.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A MINHA VEZ- GABRIEL.

Hoje um pouco solitário apesar dos muitos lugares a serem visitados me encontro e aproveitando essa oportunidade falarei de mim pela segunda vez, só que serei mais detalhista, e espero que este que fará a minha historia chegar até a vós outros possa estar em harmonia consigo e com esse amigo espiritual e começo narrando assim:
         Sempre ouço algum espírito que aqui são milhares dos milhões reclamando teus entes queridos pela falta de sentimento para cada um que em massa física ficara a sós, e hoje aqui distante reclamam o amor esquecido a ser ofertado na sua permanência no mundo físico, bom eu quando estive procurei ser o mais humilde entre dos muitos amigos e familiares que tive, e lógico que não poderia condenar alguns, pois tive sempre consciência de que estava reencarnando ainda condenado em busca de uma regeneração física que levaria meu espírito a um esclarecimento consciente de que tudo não passaria de um simples curso entre idas e voltas.
          Apresento-me como um ser espiritual que ainda vive nas dimensões dos desconhecidos abismos da incompreensão e aceitação, meu eu no plano físico foi de glamour e sucesso e contrai para mim diversas doenças com diagnósticos sempre sem soluções do medico físico, até que comecei a compreender melhor os que me falavam de certo lugar onde poderíamos continuar nossos encontros daqueles desconhecidos de um plano chamado espiritual, era ai que eu desconfiava das poucas palavras que certo amigo meu dizia existir, era no inicio de um milênio conturbado e indeciso, onde podia conviver com a traça e a ferrugem das piores que teus dias atuais, com o passar do tempo, tempo esse que você lapidado com a tolerância, humildade poderia conseguir sobreviver entre tantos pontos de interrogação, eu fui do tipo que confiava mais nos meus próprios instintos do que os apresentados para mim sempre achei que meus melhores amigos eram meus dedos dos pés e mãos, pois ambos jamais se separavam para nada, onde quer que um tivesse os outros participava também, agora as decepções foram as maiores onde as dores eram constantes a febre da ganância jorravam e as maledicências também, me sentia no auge dos senhores granfino mesmo sabendo que todos excluíam-me, não prestava a atenção nesses transtornos e continuava a pensar grande, o tal glamour que iniciei falando era sonho de conquistar os mais altos degraus de uma evolução que se tornava sempre pequena e distante do meu alcance, quando deixei levar-me pela realidade dos meus vividos merecimentos e que comecei a entender de que não poderia abandonar o que aprendera com dificuldades, presenciei senas de destruição mesmo sabendo quem as causaria me calei, até no desencarne de um irmão fui negligente em não falar nada como...Foi fulano de tal por causa disso ou daquilo, mais sempre registrei em pergaminhos com pena de pavão que eu usava para anotar tudo que acontecia entre a minha família e a sociedade, tão quantas foram as causas depois descobertas com minhas Secretas escritas me quisera ter tido aproveitado mais os meus conhecimentos e dons que recebera na minha passagem pela terra, onde fui o responsável para escrever e anotar tudo que poderia comprometer os principais senhores do engenho e daqueles que covardemente tiravam vidas de muitos espíritos que não mereciam passar pelo que vocês hoje chamam desova, engraçado nas muitas historias narradas por mim e psicografadas por esse que humildemente chega a ficar plainando entre teu físico e usando tuas forças mediúnicas transcreve os fatos cuidadosamente para que os devoradores das escritas venham dar a entender um pouco dos muitos passos já vividos pelos espíritos que permitiram minha narração, agora cá eu outra vez porque também quero aparecer não ficar no anonimato, cobraram de mim essa atitude, querem que eu conte tudo ou o principal como falar de minha família, como dividi o plano físico do espiritual, quem realmente fui e o que meu espírito ainda faz aqui nesse albergue da verdade, onde o cálice das boas novas derramam verdades e esclarecimentos,  eu antes de encarnar nós anos de um mil quinhentos e trinta já haviam descobertos diversos lugares, ilhas e lugarejos dos quais vim a nascer em um ventre de uma índia que recebera me com festa que com o passar do tempo transformou-se em tristeza após os homens de túnica preta e de grandes chapeis trocarem-me por mercadorias na promessa de retornarem um dia para devolver-me coisa que não aconteceu, e em uma terra super desconhecida fui criado tive mimos e carinhos dos muitos enfeitiçados e surpreendidos pela má companhia de religiões criadas em adorações diante até de um tronco de uma arvore que oferecia riqueza, não gosto e nunca gostei de esclarecer o que me aconteceu em vida, porque não só tumultua meus sentimentos mais sim o não entendimento dos muitos que poderão ler o que vós conto agora, conheci lugares que talvez ainda nos dias de hoje são encobertos pela natureza nas profundezas da terra, em mares onde a Tempestade levou-me a entender as coisas de deus, só ele poderia mover as nuvens de um lado para o outro, só ele poderia oferecer a calmaria onde e quando quisesse, então tinha em mente que aqueles que foram conhecidos como tripulantes de uma esquadra de senhores onde o ouro e o diamante brilhavam intensamente as intenções negativas, presenciei sofrimentos, corpos sendo atirados dos grandes convés, e entre tantos que acorrentados prestavam algum tipo de serviço escravo pude ter o privilégio de conhecer o negro João das Matas, digo privilégio pois hoje ao decidir contar a vós minhas poucas aventuras no físico ele já e reconhecido entre vocês como um espírito de grande hierarquia levando e emanando paz, esperança e conforto para muitos, neste nosso encontro ouvi desse amigo que humildemente falou aos meus ouvidos meio que as escondidas, “presume as incertezas e nem conviva com o Não olhe sempre ao teu redor,pois muitos de necessitarão encarnados ou não e continue alimentando seu ego espiritual do qual nós encontraremos um dia”,  modéstia, eu nesse encontro senti estar diante de um ser totalmente diferente só que a principio não entendi o que aquele sofrido homem quis que eu entendesse, continuei fazendo as vontades daqueles que haviam me tirado de um astral puro e de matas frondosas das mais puras vitalidades, assim que pude ver a luz do sol quando ai cheguei tive a felicidade de receber o nome de um guerreiro que a anos já havia desencarnado, segundo nosso pajé olhos de águia eu era a reencarnação do caboclo Tupiniquins e desde meus primeiros passos até a invasão dos descobridores de terras fui chamado assim Tupiniquins do sol, após minha partida com aqueles espíritos desconhecidos que levianamente fez com que meus tutelados aceitassem tipos de mostruários desconhecidos pelos povos de sangue azul como chamavam as tribos existentes na época, não posso e não quero de forma alguma contar tudo que acontecera no meu caminho e missão no teu mundo físico, e poriço que as vezes até imploro para que meus irmãos espirituais que aqui como já vós contei são milhões dos esclarecidos e desconfiados de um novo recomeço em plano superior e totalmente voltado para receber os que precisam reciclar e talvez até de serem resgatados das escuras e sombrias cavernas do canal vermelho, o umbral e tipo um ajuste de débitos com muitos dos desencarnados com suas próprias vitimas do físico que as vezes passam um extenso tempo enquanto aquele ou aqueles que necessitam do perdão no reparo dos erros cometidos e falhas, quando encarnado recebi de uma negra um colar e um pequeno livro que segundo ela já constava ali em tuas escrituras algumas palavras ditas pelo grande Mestre Jesus, eu nas oportunidades que tinha acostumava ajuntar as difíceis letras ainda totalmente longe dos meus conhecimentos, o Almirante Bonifacio vendo a minha dificuldade teve a tolerância em vosso coração e para comigo nos ensinamentos, passaram meses e ainda continuava a navegar entre uma tripulação que viviam mais de resmungos e idolatria sem conhecimento algum do Grande e poderoso Nosso Senhor Jesus Cristo, quando aprendi a ler mesmo que engolindo algumas averbações eu decorrei a seguinte mensagem de um livro que trazia as mais puras verdades do tempo que ai estive e que vem atormentando os teus dias de hoje nesse mundo físico que desgovernado está a prestes a destruição mesmo que seja aos poucos, pois vocês mesmos que querem e ai daqueles espíritos que se quer aceitam as instruções dos sábios do teu hoje, observe o que diz nesta pagina tão minúscula em que vós conto agora mais que suas escritas são validas desde sua primeira palavra nele colocada por um dos que assistiu o todo poderoso passar ai entre vocês...Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
 Que tipo de porta seria está em que ele alertou? Eu queria entender o significado das palavras escritas há milênios atrás e continuava a martelar minhas idéias procurando deixar que respirasse para o dia de amanhã, perguntei a mim mesmo mais quem pode ter deixado umas parábolas assim? Voltei ate a negra que me havia repassado o colar e o pequeno livro tentando encontrar uma resposta, cheguei tarde enquanto tentava eu decifrar o que me confundia em um ancoradouro de um vilarejo que hoje já e conhecido como Congo aquela negra escrava havia sido vendida, e perguntava a mim mesmo o que farão de mim um simples índio e nessas condições de medo chegamos a uma aldeia de um povo apavorado com a aproximação das grandes embarcações era percebido um alvoroço e os sinais de calmaria passavam longe dali, dos muitos que resistiram à aproximação foram alvejados com disparos ainda desconhecidos pelos nativos daquela ilha, meus olhos puderam ver as maledicências e destruição causadas pelos chapeludos que haviam me retirado da presença do meu povo, dali quantos foram retirados os pequenos foram banidos, os velhos escorraçados as mulheres de corpo viril e os jovens foram levados para os rumos ignorados ainda por mim que assustado não queria afastar-me do velho João e continuei a leitura “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amem. Ora vem senhor Jesus, a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.”, Era para mim um sinal de que eu precisava alcançar o que eu acabara de ler-nos poucos rascunhos que estava em meu poder, acho que navegamos mais uns dois dias e chegamos a um atracadouro onde diversos navios estavam, era uma confusão e tanta uns puxando diversos negros amarrados, uns vendendo e trocando mulheres de cores em pranto e sofrimento, ao pisar em terra firme onde eu jamais imaginaria chegar um dia, para mim que fora entregue sem maldade alguma pelo meu povo apenas com trocadilhos desconhecidos pelos meus guerreiros, bom vocês já perceberam que eu venho de um povo físico encarnado como índio e no espiritual essas forças tende a ajudar muitos em teus rituais, e eu que jurei não alongar muito que eu fora, mais prometi não só os que me propuseram tantas historia de vidas no físico como a este que vós escreveis há muito Tempo O que tenho vontade de que chegue aos olhos de todos os espíritos encarnados, fui criado diferenciado de minha cultura hoje conhecida por todos, tive uma educação diferente mais meus costumes indígenas permaneceu para sempre, fui batizado com águas cristalinas de uma capela em uma pacata cidade de Moscou com o nome primeiramente de Ângelus, com o passar dos anos propuseram o meu conhecimento de Gabriel segundo eles era o descobridor das fontes de Napoleão, trafeguei mares, matas e em busca de minhas heranças transcendentais retornei para a misteriosa mata onde o ruivo das cachoeiras fortalecera minha mente em busca do meu inicio, tive um encontro desastroso onde meus pais conhecidos no plano espiritual como Caboclo peito de Aço e da índia Janara o nosso pajé atual no principio de meu retorno não aceitou que eu ficasse com meu povo pelos costumes diferentes que eu aprendera em terras e lugares diferentes, aceitei as acusações e caminhei entre altos rochedos enfrentando o orvalho frio das madrugadas e o ataque dos famintos lobos, podem perceber que a dificuldade para todo espírito encarnado não e de hoje, a muitos tempos acompanha cada ser que passou entre um mundo físico conturbado até nós dias de hoje, quando completei meus setenta anos e sem tantas forças para continuar a evangelização de tribos que aceitavam minhas peregrinações adoeci entre uma mata frondosa onde o sol iluminava meu espírito, senti sendo carregado pelos fechos de energias diretas de um espaço que fez me grande diante as tormentas das cavernas escuras de um lugar cheios de lamentações e sussurros, quando aqui cheguei fui agraciado com as boas vindas dos espíritos que haviam deixado de acreditar que eu poderia vim ser o que fora entre a criação humana em terras distantes do meu... Antes que escureça eu preciso ir, na esperança que aceitem um pouco de mim, porque só agora necessitava da Minha Vez.                                                                       Fiquem na paz.  Eu GABRIEL.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

RAÇA


Nasci no dia que se comemorava o dia da abolição dos escravos, era noite de uma quarta-feira um treze de maio inesquecível para mim, neste dia a santa igreja católica também comemorava o dia de Nossa Senhora de Fátima, mamãe estava completa e muito feliz com minha chegada, seria eu o único irmão de pele diferente mais juro que eu amei mais que meus dois irmãos, eles que fora frutos do primeiro relacionamento de minha mãe, depois de dezoito anos casada e amando verdadeiramente seu companheiro ele veio a desencarnar aos quarenta e nove anos de idade numa doença inexplicável até hoje, depois de alguns anos mamãe conheceu Ronaldo um mulato forte alegre e de boa índole, ele que também no principio do seu relacionamento com mamãe foi quase excluído não só pelos meus irmãos mais pela família, até mesmo na igreja mamãe era observada diferente das outras vezes, ainda bem que ela queria era sua felicidade e só agradecia a deus os maus olhares que recebia Ronaldo com o passar dos dias e meses foi ganhando a confiança e a aceitação dos meus irmãos que às vezes tinham vergonha de acompanhar minha mãe e ele, mamãe uma morena clara com teus olhos castanhos e um lindo cabelo negro e liso era toda completa, tipo uma boa mãe, amiga e uma excelente companheira muito responsável com teus compromissos, ainda com apoio do seu primeiro esposo chegou à faculdade de letras e era a responsável da secretaria de educação do inicio da nossa pequena cidade, já aquele que veio dar-me a oportunidade para conhecer realmente o que era a vida nesse plano físico e fortalecer-me com o oxigênio da vida... Meu pai é meu amigo e adorável companheiro ele que não teve tanta sorte na vida a dois há muito tempo estava desacompanhado e neste período deixou com que os calos aparecessem sobre as palmas de sua mão, os meninos lá de casa, ou seja, meus irmãos só aceitaram Ronaldo depois que ficaram sabendo que ele possuía umas terras produtivas pros lados de Uberaba Minas Gerais, o interesse fez com que eles começassem a comentar com os amigos de que mamãe havia arrumado um marmota mais que tinha uma grana boa, em uma tarde de sábado quando... Meu pai chegou é o mulato com uma porção de verduras e frutas no interior de sua linda camionete confesso que fiquei magoado quando Denílson o que viera ser meu irmão mais velho por parte de mãe negar ajuda ao meu pai na sua companhia, ele que disse só ajudo se você ficar longe ou tomar um belo banho, não sei o porque que vocês de cor escura exala um odor forte e insuportável, percebi a tristeza no rosto de papai que aceitou as criticas,pois o que ele mais amava era mamãe e não fazia questão de receber os carinhos daqueles que ele sempre tentou amá-los como  me amava, quando meu pai era magoado por um dos meus irmãos ele vinha em minha direção abraçando-me e muito feliz, confesso que meu coração disparava e a emoção era forte dentro do meu eu, ainda mais quando nossa pele misturavam as mesmas cores sentia ser um no outro a verdadeira paz, conseguimos vencer a rejeição dos muitos que nós conhecia por causa de sermos negros e mostramos para cada um que não existia indiferenças entre o negro, o branco, e o mais loiro de todos, por falar em loiro o filho do Sr Genebaldo não morava muito distante de casa eu sempre observava que ele distanciara-se dos meus irmãos após mamãe conhecer meu pai e até ignorava passar na calçada frente de casa, ele que ao me ver tinha o costume de me Cumprimentar ou chamar me de São Benedito ou negrinho do pastoreiro, e zombava de mim, mais eu fui um espírito encarnado que soube aproveitar essa curta e simples passagem pelo físico que cada um de nós tende a passar e talvez muitos não conseguem nem completar esse ciclo de vida por não merecerem e como se fossem uma nuvem passageira seguia teus rumos ignorados.
    Bom a Flora minha irmã até oferecia teus carinhos para comigo, o que me machucava um pouco era quando uma amiga ou outra pessoa qualquer perguntava se eu era irmão... Ela respondia que sim mais numa ignorância onde completava a resposta dizendo se ele não fosse pretinho eu iria ter o maior ciúme... E tuas amigas riam e falavam aqui se demorasse mais um pouquinho para nascer nasceria um macaquinho e assim recebi este tratamento até quando eu comecei a caminhar sozinho, olha esta passagem pelo mundo físico que voz conto agora através deste que vós escreveis deixou muitas marcas e saudades para os muitos que ajudei mesmo sendo negro e rejeitado venci todos os obstáculos que teria eu de passar e mais alguns que me oferecerão.  Lembra do filho do Sr Genebaldo o loirinho que me rejeitou por muito tempo, ò coitado dele viu teve tantas dificuldades de ser alguém neste plano físico que às vezes eu tinha pena, ele que estudou desde nossos primeiros ensinos na mesma escola educacional que eu, ele ficava vermelho de raivas quando algum amiguinho nosso comentava e falava do negrinho aqui como... Pô o carinha e preto mais e a mãe dele que manda na escola e você com esse cabelo de ouro tem  que respeitar ele... Digo a vocês que ele ficava uma fera e criticava dizendo que nunca iria respeitar um macaco, pois bem o que vou lhes contar a seguir e prova de que podemos ser útil uns para com os outros independentes de raça, cor e religião, numa noite dessas que seu coração está preparado para fazer o bem a quem quer que seja eu estava de saída de uma palestra espíritual a caminho de casa ao sair Silvone me acompanhou até a metade do meu caminho ela sim era uma adolescente que não vivia de exclusão social ou racional, confesso que era uma branca muito bonita meiga e humilde apesar de ser filha de brancos com a vida bem estruturada nunca me demonstrou maus tratos, assim que ela seguiu para sua casa que não ficava muito longe do centro espírita segui meu caminho em uma avenida de pouco movimento onde às vezes só os moradores daquela região trafegava, olhando para o céu e agradecendo ao bom pai pela noite maravilhosa que me proporcionava naquele momento deparei ao longe uma movimentação na calçada em que eu caminhava, parei um pouco distante porque percebi que a aglomeração de pessoas ali era mais uma turma de jovens que pareciam estar desesperado com alguma coisa e ouvi uns dois disparos de arma de fogo e presenciei a fuga dos demais que estavam na companhia daquele que tombou no gramado da praça, e um individuo correndo em direção contraria a que eu estava, esperei até que o mesmo desaparecesse na escuridão da noite e aproximei rapidamente perto do corpo que ainda agoniava no chão... Engraçado lembra-se do loirinho filho do Sr Genebaldo então era ele me esqueci das más atitudes dele para comigo onde sempre me tratava com ignorância chamando-me de rolo de fumo, neguinho e São Benedito, carvão tudo que lembrávamos nós os negros coloquei o evangelho segundo espiritismo ao lado de minha cintura e desesperado na esperança que passasse alguém naquele momento mais nada, ninguém era só eu e aquele carma meu ali no chão, estava ai em minha frente à missão de socorrer um espírito que viera a viver e tratar-me com indiferenças para que pudéssemos nós reajustar, apanhei o loirinho em meus braços e percorri a extensa avenida por uns cinco a dez minutos em busca de socorro quando cheguei ao ponto de taxi estes que eram veículos de partida a manivela o Sr Astrogildo amigo de meu pai presenciando minha chegada com alguém em meus braços nós socorreu colocamos o loirinho no banco traseiro e com a ajuda de Astrogildo agasalhei a cabeça do loirinho em meu colo e seguimos o mais rápido que o calhambeque podia ate a Santa casa de Fátima, tivemos ajuda de duas enfermeiras muito cuidadosas que imediatamente levaram o loirinho por um corredor enorme e frio até a sala de cirurgia, era preciso que alguém preenchesse o formulário de entrada daquela vitima, olhando para o Sr Astrogildo ele que me confessou que já estava com a ficha extensa de presenciar outras vitimas, o que então sobrou para eu fazer, preenchi o formulário comentando como e quando havia acontecido o incidente expliquei e lógico que o endereço era fácil, pois era o mesmo que o meu só alguns metros de distancia de minha casa da dele, no final era preciso colocar quem havia socorrido aquela pessoa, quis colocar meu nome mais preferi colocar neguinho, rolo de fumo, carvão e São Benedito, estranhada mente a atendente quis saber por que eu me identificara com aqueles apelidos todos, respondi e assim que ele me conhece sai dali em companhia do Sr Astrogildo que me deixara na porta de casa, ao entrar encontrei só mamãe ainda Estava fazendo alguns dos teus afazeres da educação, meus irmãos haviam saídos para as badaladas que nossa região oferecia e meu pai  ainda não havia chegado do sitio, mamãe olhando disse... Meu filho do céu que sangue e este em tua blusa ó meu deus você está bem filho, respondi sim, sim estou bem não te preocupe mãe, ela quis saber o que havia acontecido sentou-se ao meu lado eu que já retirava aquela blusa manchada e expliquei tudo que havia acontecido, ela já um pouco desesperada afinal meu irmão e irmã estavam ainda fora de casa, e a Magnólia já foi avisada meu filho, respondi olha mamãe eu não sei não viu eu bem que poderia bater naquele portão para levar essa péssima noticia mais você sabe NE tanto eles como o filho faltam me jogar pedras, mamãe carinhosamente abraçou-me dizendo deixe que eu avise afinal o mais importante você já fez, assim que minha mãe avisou os pais do loirinho seguiram de imediato para o hospital aonde vieram ter a primeira noticia do filho só às quatro horas da manhã, e a noticia foi muito boa porque ouviram das pessoas que cuidaram de teu filho que disseram que a vida dele estava fora de perigo graças ao socorro prestado rapidamente, ao perguntarem quem foi este filho de Deus que salvou nosso menino? A atendente que me pediu para preencher o formulario já havia trocado de turno e a sua substituta não soube explicar quem havia socorrido o filho, o loirinho recuperou-se até rápido e depois de umas três semanas já estava em sua casa terminado a sua recuperação, para minha felicidade na noite em que eu iria completar dezoito anos notei que meus irmãos, papai e mamãe passaram o dia quase todo fora pressenti que algo estava para acontecer, já se findava mais um dia e eu que estava no meu jardim maravilhando-me com o por do sol atrás de umas nuvens onde os reflexos do sol eram projetados de cores diversas iguais de um arco Iris quando ouvi alguém chamar meu nome pausadamente Hilton, depois de umas três insistencias atendi e meu coração gelou ao ver o loirinho com um sorriso estampado em teu rosto com teus braços abertos em minha direção pedindo-me se poderia entrar, ainda olhei para aquelas nuvens e agradeci ao papai do céu pelo momento e convidei-o para dentro, ele pediu-me desculpas por tudo que havia feito contra minha pessoa, e desejou-me um feliz aniversario... Eu agradeci pelas felicitações e convidei-o para entrar e disse olha Michel... Ou melhor, loirinho ao falar caímos na gargalhada juntos e completei, no momento em que estamos agora em um plano de reajustes e encontros estamos a mercê de tudo inclusive suportar as ignorâncias que nós oferecem e eu sempre tive você como meu bom vizinho e amigo pena que você precisou reconhecer que as indiferenças não existem entre os corpos físicos e que o nosso espiritual já está traçado desde a nossa reencarnação, observe-se bem pelo sofrimento que você passou e pela dor que causou aos que te amam e eu fico feliz por você estar bem espero que tenha aprendido a lição, ele olhou-me e disse achei que meus amigos fossem aqueles que me abandonaram por eles eu não estaria aqui só tenho que te agradecer e pedir perdão pelas minhas ofensas...Respondi do fundo do coração claro que perdôo afinal não me alimento do que já passou o importante e vivermos o agora pensando em sermos felizes no amanhã, e trocamos um forte abraço, mamãe e meu pai chegaram naquele momento onde os pais de Michel ou loirinho vocês e que sabe também chegaram para agradecer minha atitude, em seguida minha irmã e meu irmão que já sabiam dos fatos também fizeram parte daquela roda dos agora verdadeiros amigos, comemoramos até tarde da noite aonde com dificuldades meu irmão conseguiu arrumar um fotografo com uma maquina toda desajeitada dessas que ainda existem ai no físico onde se cobre a cabeça para que o fotografo não se queime na pólvora expelida como se fosse um fleche, varias fotos foram feitas inclusive uma minha junto com meu amigo branco o loirinho, assim que passaram uns dias fui convidado para ir na casa daquele que passou a ser meu melhor amigo meu loirinho, convidado a entrar fomos direto para os aposentos de Michel onde ele queria mostrar-me o que havia ganhado de seus pais, para minha alegria foi ver a foto que fizemos juntos no meu aniversario em um quadro sobre a cômoda de seu quarto, ele que antes disse vem cá meu neguinho sorrindo falou olha aqui este e o meu maior troféu que consegui Até hoje, estava colocada em um quadro maior com molduras lapidadas sobre a parede o formulario de entrada do hospital no dia que socorri o loirinho para minha emoção ele completou embaixo com uma frase... Meu neguinho rolo de fumo carvão São Benedito agora vou ser mais os negros do que viver iludido amo você meu pedaço de vida.
  
          Fiquei feliz por ter conquistado de vez aquela amizade, com o tempo as coisas foram tendo sentido na minha vida e na vida daqueles que eu viera a conhecer, no inicio meu irmão que também me rejeitava com toda certeza e excluía-me necessitou e muito de mim, passava se das seis horas de um anoitecer que trazia as belezas do luminar da lua acompanhada do ninar das estrelas recebemos a noticia de que Denílson meu irmão estava sendo socorrido de um acidente gravíssimo, o que trouxe um apavoramento para todos inclusive papai que também fora ignorado pelo mesmo devido a sua cor onde o racismo deixou falar mais alto quando meus irmãos o conhecera, papai que estava no sitio e avisado em poucos instantes já estávamos todos juntos na espera de uma noticia qualquer, um dos que ofereceu cuidados médicos ao meu irmão conversou com minha mãe dizendo que ele necessitava urgentemente de sangue tipo “O” negativo e se tinha alguém na família com esse sangue compatível com o de Denílson, olha confesso para vocês que eu realmente havia chegado naquela família era para completar a humildade o amor que faltava o único a possuir esse sangue era o irmãozinho aqui rejeitado, não pensei duas vezes e me coloquei a disposição para que pudesse eu de uma forma ou outra salvar mais um espírito que ainda tinha que passar por essa aprovação, depois de doar meu sangue não passando muito tempo podemos nos aliviar um pouco onde ficamos sabendo que Denílson não corria perigo algum, voltamos para casa e depois de uma semana lá estava eu recebendo os agradecimentos de mais um espírito que antes havia visto-me com indiferenças e racismo ele que passou a ser para mim tipo um escudeiro e me mimava muito sempre colocando-me a frente de qualquer outro amigo e nos tornamos verdadeiros irmãos de sangue como ele mesmo disse, já Flora depois de tantos estudos dedicou-se também na mesma área da educação continuando os passos de mamãe, minha irmã que a tempos namorava um branco este que ao passar dos tempos juntos começou maltratá-la o que fez Acontecer uma separação, quando ela começou a caminhar na mesma doutrina do que eu começou a enxergar tudo diferente via as pessoas e as Aceitavam como elas eram e não como ela imaginava, passando uns quatro meses estava em casa quando Flora chegou por volta das dezenove horas de um sábado com um ar de felicidade ela que se assentou junto conosco próximo ao fogão de lenha onde papai com sua habilidade preparava uns deliciosos pãezinhos de queijo com Chá de canela, e começou a falar na mudança de vida e há muito tempo não presenciava a sena que meus olhos registrarão ela carinhosamente beijou o rosto de meu pai este que por eles meus irmãos fora ignorado e virando-se para mamãe pedindo para que ela pudesse apresentar o teu namorado, minha mãe respondeu que a casa não era só dela porque o pai dela antes de desencarnar adquiriu para eles, então ela retornou até a porta de entrada e para minha surpresa era o Geraldo lá do centro espírita o engraçado que Geraldo era bem mais negro do que eu e papai agente tinha o costume de chamá-lo de azulão, recebemos o casal com muito amor e eu mais uma vez me senti agradecido por ter causado e transformado aquela família que antes viviam de rejeições e discriminações , nem passou seis meses depois daquela felicidade toda meu adorado e amigo papai veio a desencarnar e eu fiquei na lida do teus afazeres até completar meus quarenta e nove anos desencarnei justamente no dia em que nasci a treze de maio de um domingo chuvoso deixando para aqueles que no inicio de minha missão achavam que por eu ser diferente de cor e pertencer a uma RAÇA de negros não era capaz de amar mais que eles, hoje aqui rodeado de espíritos amigos e por muitos que necessitam de um apoio aqui estou o neguinho, o rolo de fumo ou carvão, gostaria que vocês outros ais que acompanharam o que foi por mim ditado e por esse que vós escreveis lembrassem sempre que ninguém até hoje pode ter a certeza da cor, raça do grande Mestre Jesus peço que fiquem na paz com a proteção dos Bons espíritos e que não se deixem contaminar pelas indiferenças afinal viemos de um mesmo lugar com nossos merecimentos mais poucos voltarão ao mesmo ponto de partida onde tudo começou, estou no albergue da união já resgatei o meu amigo ó loirinho lembram-se dele e juntos estamos na mesma harmonia de antes encarnados, meu pai e o primeiro esposo de minha mãe aqui se dão muito bem e vivem em um plano de maior hierarquia o Sr Genebaldo o pai do Michel ou loirinho como queiram vez enquanto vem visitar o filho,  quem teve uma estadia aqui rápida foi minha mãe que teve a permissão para retornar ao mundo físico onde hoje está com oito anos e é filha de minha irmã, eu estou bem e gostaria que todos vocês ais no físico não se iludam com as mazelas dos teus dias e noites, pois o plano físico não passa de uma simples fantasia destas que você só usa em temporadas de festa, alinhem-se e procure aproximar mais de deus pai todo poderoso talvez assim possa respirar esse ar em que respiro agora agradeço sua atenção e fique com deus.

                                                                                                          GABRIEL.   

terça-feira, 19 de outubro de 2010

FILHOS ADOTIVOS EU CRIEI!

Não estaria aqui se eu quisesse, mais aprendi muito com o pouco que tive vivendo uma paz que muitos procuram e dificilmente encontram entre os tormentos malfejoso que a vida corroeu cada um, difícil mesmo foi ter que conviver com tipo de pessoas gananciosas destas que finge sentir a necessidade dos muitos que os rodeiam e as ignoram prometendo algo que fez muitos se alimentarem na ilusão, dia desses presenciei próximo o lago da praça central uma sena que me comoveu muito, havia uma mulher com uma criança em teu colo ela toda mal trapilha com os teus cabelos bagunçados pelo tempo e com um olhar ao longe e senti que teus pensamentos alcançavam inúmeras imaginações de uma vida melhor, parei por uns instantes e fiquei acompanhando aquela sofrida mulher, pensei como pode chegar a um grau de sobrevivência tão precária como está o que foi ensinado aquela mulher no seu tempo de menina, será que teve ao menos uma infância?Onde poderá andar os que deram guarida nos teus primeiros suspiros, era mesmo essa vida traçada para aquele sofrido corpo físico, as aparências às vezes se enganam passaram-se alguns instantes que ali estava eu todo apreensivo vivendo aquele sofrimento junto aquela mãe que colocara teu filho sentado dentro de um tonel de plástico, ele que chorava como se eu percebesse a fome brilhar em teus olhos... E como eu disse as aparências se enganam para minha surpresa aproximou-se daquela mulher outra pessoa mais está estava bem mais vestida e calçava um lindo chinelo amarelo em detalhes azuis era uma senhora não aparentava ser de idade avançada, pois a mesma retirou de uma bolsa tipo uma cardeneta e juntas fizeram uma anotação, foi colocado no chão uma folha de jornal onde a mãe maltrapilha colocou uma quantidade de moedas e algumas notas de dinheiro arrecadado junto às pessoas que por ali passavam a outra senhora retirou de uma bolsa um frasco com leite e logo em seguida apareceram alguns pães, ela dividiu com a criança que minutos atrás chorava agora calmo não reclamava a fome que antes eu senti ao vê-lo chorando, depois que a senhora apanhou a quantia veio outra mulher e também carregava em teus braços outro bebê, sentou-se junto da primeira mulher que eu avistara antes, está que se levantou e apanhou o filho dentro do tonel, e entregando o restante do leite e dos pães repassou para a outra mãe que acabara de chegar ela que colocou o filho dentro do mesmo tonel onde antes estava o neném chorão, juro que não estava entendendo nada mais era nítido que estavam usando aqueles pequenos inocentes para facilitar a ganharem uns trocados, resolvi aproximar fazendo de conta que estava acabando de chegar ali, antes perguntei tudo bem minha irmã?E irmã diante do pai todo poderoso somos todos irmãos! Ela respondeu nada meu bom amigo desde cedo estou aqui e até agora não consegui nem um dinheirinho para comprar um pão para meu menino... Ao ouvir aquela tamanha mentira pensei tenho que fazer alguma coisa, ela aparentava ter teus vinte e seis anos de vida e sua cor não era pálida teus braços e pernas fortes e tinha certeza de que ela não aparentava nem um problema de saúde, perguntei e onde está os pães e o leite que aquela mulher que acabou de sair deixou com você?Ela com um olhar mais sem vergonha completou a estes aqui são para os filhos dela, assim que ela voltar tenho que devolver, já nervoso disse olha o que estão fazendo e crime a horas estou observando a atitude de vocês, no inicio achei que realmente a mulher que aqui estava antes necessitava de ajuda, mais pelo que vi e presenciei vocês fazem troca de horário usando teus filhos para arrecadar um dinheirinho não e mesmo? Ela com a voz alterada disse-me e quem e você para dizer que estamos erradas... Respondi bom sou um filho de deus pai, igual a vocês juro se eu não estivesse esperado para ver sem querer o que aconteceu aqui também tinha entrado nessa de vocês, será que eu poderia cuidar de vocês?Como cuidar de nós... Sei lá talvez levando você e teu filho para um abrigo onde poderá viver com uma ajuda da assistência social algo assim você topa?Claro que não eu tenho casa e esposo e assim estamos muito bem! E quem e aquela senhora com outro neném que sairá daqui a pouco instante? Minha vizinha e aquele e meu filho também o que nós conseguimos repartimos meio a meio às vezes levo um pouco mais pelos dois meninos, e meu esposo recolhe latinhas e alguns alumínios e papelão, e moramos até bem temos o que comer, onde dormir, e é claro já que você sabe o que fazemos posso dizer que levamos uma vida e tanto, não passamos fome e nem vontade de comer bem, temos nossa própria casa e olha que e uma casa muito boa, só falta acabamento mais com nosso ponto aqui logo, logo terminaremos a obra... Indignado falei mais isso e crime isso não e um meio de vida para oferecer aos pequenos, olha vou procurar um órgão responsável para observar a vida que vocês oferecem para os inocentes filhos teus... Ela sorriu e falou-me isso aproveita e peça para que providenciem um pouco de leite em pó, pois os que eles nós trouxeram já estão acabando, confesso que minha decepção daquela vida em físico estava totalmente extraviada e o espírito com certeza zombava do que meus ouvidos acabaram de ouvir e que meus olhos registraram, tentei convencê-la a tirar as crianças da rua e dar aos mesmos um cuidado melhor fortaleci dizendo que havia muitas outras maneiras de ganhar o pão de cada dia e insisti que eu poderia ao menos cuidar de um de teus filhos, ela disse-me que talvez pudesse vender-me um dos meninos, perguntei você está falando serio... Ela claro um já e o suficiente para ganhar o dia, perguntei se podia saber o ganho que ela tinha... Respondeu ficando aqui neste ponto a semana toda ganho o suficiente para descansar a outra semana inteira... Abaixei-me junto aos teus ouvidos e quis saber o quanto valeria um dos meninos, ela olhando me falou por dois mil contos você leva o mais velho!Perguntei por que o mais velho?Ela respondeu e que ele já reclama e chora pouco quase não transmite dó para ninguém então te vendo ele... Disse olha volto amanhã e traga o menino que vou levá-lo comigo, ela falou com o dinheiro na mão leva até as roupas, sai com a cabeça toda confusa e olhando para o céu clamei para mim mesmo pensando como poderia existir um espírito encarnado sem amor algum em teus próprios semelhantes, prometi que voltaria e com certeza voltarei afinal das contas em casa só tenho o carinho de minha mãe e relâmpago meu cão de estimação e Suzane minha esposa ela que já realizara diversos tratamentos para que pudesse engravidar, mais o nosso ultimo resultado nós deixou cabisbaixo e sentimos juntos que a solidão seria nossa companheira, seria a minha missão naquele dia passar naquela pracinha e encontrar um espírito já conhecedor dos defeitos do mundo físico mais que não conhecia as dores que o mesmo podia ofertar, chegando em casa com muita alegria fui recebido pelas duas mulheres de minha vida mamãe e Suzane, não faltando o carinho do cão de estimação, logo notaram que eu estava feliz mais estranho, assim que entramos Suzane servira-me um copo com um delicioso suco de cajá e uns biscoitos de polvilho dos quais eram meus prediletos, sentei-me diante de uma imagem de São Sebastião e mentalizei as dores que ele suportara, encorajei-me com o triste olhar daquela imagem que mesma ferida ainda transmitia muita fé principalmente em minha casa, pedi para que mamãe e Suzane sentassem-se comigo como dizem até nos dias de hoje mãe e mãe e reconhece logo as indiferenças dos teus filhos, logo que sentaram-se mamãe quis saber o que havia acontecido,pois notara em mim uma sensação fora do anormal, disse calma vou lhes contar o que me acontecera no meu hoje, e assim fiz contei todos os detalhes e falei da suposta mãe que me venderia o filho por um misero dois mil contos, Suzane interessou e muito era o seu maior desejo em ter um filho, talvez poderia ser agora o momento exato, ela que tem muito conhecimento sobre adoção preferiu agir de forma correta e com um sorriso de esperanças estampado no rosto Falou-me... Amor vamos fazer direito logo pela manhã iremos ao conselho tutelar onde você contara novamente essa historia, ai teremos uma resposta no que fazer, aquela noite parecia não ter fim eu podia notar perfeitamente a angustia de Suzane ela estava tomada pela insônia e isso era fácil perceber, assim foi a nossa noite nem bem o sol surgiu entre as lindas samambaias da varanda de minha casa Suzane e mamãe comentavam uma com a outra tem que dar certo enquanto eu luto para ter um filho existe mães que negociam teus filhos, este vai completar nossa família Dona Tereza, calma minha filha vamos ter que esperar o que realmente poderemos fazer já te falei se for para ser teu será, Assim seja sogra querida, quando apareci ainda sonolento na conzinha um farto café já me esperava e Vanessa estava linda com um sorriso totalmente diferente dos que já tinha visto, ela que veio em minha direção oferecendo um carinhoso beijo na face de meu rosto, e apressando-me disse calma vida minha afinal ainda tenho que passar na loja esqueceu...Tudo bem querido vou fazer o possível para essa ansiedade deixar-me um pouco mais tranqüila, eu que havia adquirido uma loja de confecções com muita dificuldades mais era o nosso ganha pão, mesmo tendo um espaço pequeno fabricava lindas peças e lógico com as malhas de custo menor porque eu ainda estava apenas sonhando em lançar lindos cortes de grandes marcas famosas, com o tempo eu tinha certeza e com meu esforço e vontade conseguiria ter minha própria grife, assim que saímos em direção primeiro ao centro da cidade onde deixaria as chaves da loja com Monique minha secretaria que desde o inicio presta teus serviços para minha pequena loja, depois que lhe entreguei as chaves fomos até o local onde poderia estar a criança que havia comentado com Vanessa, o movimento ainda era pouco também na ansiedade de minha esposa o relógio ainda marcava apenas oito horas e quarenta minutos de uma quinta-feira que com certeza seria agitada para mim, não sei se ainda era Muito Cedo tanto à mulher que me prometera à venda do menino e a criança ainda não estava ali, queria eu ter certeza que estariam naquele ponto como ela me disse, só assim poderia tomar as devidas providencias necessárias junto ao órgão responsável pela situação presenciada por mim no dia de ontem, e ali permaneci durante umas duas horas ate que ela surgiu com o mesmo tonel e repetiu a mesma sena de ontem, sentou-se próximo a criança agora sei por que os teus cabelos ficavam bagunçados ela mesmo que desfigurava sua aparência era nítido perceber a falsidade daquela pessoa, fiquei em duvidas se aproximaria ou não... Vanessa olhando firmemente em direção para triste criança colocada naquele tonel e falou-me olha vamos fazer assim iremos até ao conselho tutelar e pediremos para alguém nós acompanhar até aqui, ai ficaremos a distancia e você concretiza a compra do menino assim que ela entregar a criança e você o dinheiro combinado agente chega e deixamos que as pessoas que nós acompanharão decidir o que fazer...Respondi mulher, mulher você pensa em tudo heim então vamos fazer tipo um flagrante com o descaso dessa mãe...Isso meu amado você entendeu certinho assim estaremos agindo dentro dos conformes, e lá fomos nós até ao órgão responsável fomos atendidos de imediato pela Dra Eleonora da vara da infância e juventude depois de relatarmos os fatos ela juntamente com mais dois agentes do juizado de menores nos acompanharão ate o tal ponto mencionado antes para mim, ao chegarmos ficamos observando de longe as atitudes da mulher que parecia nem se preocupar com aquela criança já debaixo de um sol escaldante das onze horas daquele dia, fui aconselhado pela Dra a aproximar e tentar fechar o acordo firmado antes...Ai meu deus lá vou eu, segui com passos largos e firmes e ao aproximar cumprimentei a mulher como antes dizendo e ai minha irmã tudo bem?Ela parecia não querer muito assunto e logo perguntou trouxe o dinheiro? Respondi sim, sim está aqui e a criança, ela falou está no latão com as roupas e só pegar e levá-lo, quis saber então hoje você não vai mais fazer ponto aqui sem a criança não tem como NE, ela falou nada aguardo um pouco e logo chega o caçula e a vida continua, bom se e assim antes de entregar o dinheiro observei entre uns arbustres os agentes e a Dra eles olhavam para mim e fazendo sinais como se tivessem pedindo para entregar o dinheiro e pegar o pequeno menino, coisa que fiz e quando estava ajuntando as poucas peças de roupas eles chegaram e dizendo para aquela mulher que ela estava presa por descaso e venda de menores, ela levantou-se querendo defender dizendo que eu tinha oferecido dinheiro para comprar a criança e ela como estava passando por dificuldades não pensou duas vezes, a pedido da Dra fomos todos encaminhados ao conselho tutelar e depois de averiguada as condições daquela mãe a justiça determinou que as duas crianças fossem recolhidas em um abrigo até que as normas de adoção fossem aprovadas, o pai dos meninos realmente era um catador de alumínio e papelão mais o pouco que ganhava era gasto no vicio do álcool, a possível casa que a mulher havia mencionado assim que a conheci realmente existia só que as condições de higiene não era apta para abrigar duas crianças inocentes de uma vida que poderia ser promissora, depois de uns quarenta e cinco dias recebemos a visita da Dra Eleonora trazendo boas noticias sobre o nosso pedido de adoção ela contou que a justiça dera ganha a nossa intenção de adotar Felipe o menino mais velho, quando ela ainda comentou que Marcio o caçula também estava a disposição para o casal que quisesse adotar o mesmo, juro que não pensei muito e respondi com muita alegria e certeza Dra nós adotaremos os dois, a alegria de Vanessa era tanta que as lagrimas de felicidades rolaram pelo teu rosto, ela que lutou muito tempo para termos nosso filho agora iríamos dividir nosso lar com dois meninos de uma só vez, e senti que a solidão de Antes deu lugar para nossa felicidade, mamãe essa sim estava mais feliz que eu e minha esposa comemorando logo a chegada de dois netos de uma só vez, assim foi feito levamos os dois meninos para casa e logo no primeiro dia os dois já brincavam com os diversos brinquedos que havíamos adquiridos, os dias,meses e anos foram passando quando Felipe completou dezoito anos prestou seu primeiro vestibular visando uma formação de administração, a diferença entre as idades dos meus meninos era apenas de dois anos, aos dezesseis anos Marcio já era um devorador de livros onde tratava de assuntos de advocacia, Vanessa o tempo todo retribuía os mesmos carinhos de antes só que agora nossos ouvidos se alimentavam com o chamado de nossos filhos quando estes diziam benção pai e benção mãe, fomos merecedores de tirarmos aqueles dois espíritos de um mundo do qual eles não eram merecedores, formaram se dois homens onde talvez se eu não tivesse passado naquela pracinha no dia que Felipe foi colocado a venda talvez hoje eles poderiam estar em um mundo negativo, aos vinte e dois anos de idade tínhamos o nosso administrador de empresas dentro de casa Felipe ele com sua dedicação e conhecimento passou a tomar conta da nossa pequena industria de roupas que em poucos anos transformamos em uma fabrica das melhores malhas e nossa própria grife que levava as inicias dos dois irmãos “F e M” confecções, Marcio por sua vez formou-se em advocacia e passou a ser o responsável pela empresa principalmente em defesa contra qualquer irregularidade que surgisse eu que podia agora ficar despreocupado porque sabia que realmente o papai lá de cima havia me presenteado com duas luzes divinas, passaram se uns vinte anos que os meninos estavam em minha guarda curiosos perguntaram-me um dia sobre o paradeiro de sua verdadeira mãe, depois que expliquei e comentei como os dois haviam chegado até a nós eles concordaram e de direito deles em poder conhecer a suposta mãe, que para eles não passavam de uma simples Mulher, numa manhã de um sábado acompanhei os mesmos até a praça central, e a mesma sena de antes repetiu lá estava ela agora mais acabada do que antes e ainda usava o mesmo tonel, ao aproximarmos vimos que a criança não tinha nada mais que três anos de vida e era uma linda menina, Felipe aproximou tirando um trocado e oferecendo para aquela que nem percebeu que o próprio filho estava ajudando, ele quis saber o nome da criança, ela respondeu Anna Clara e acrescentou só que não está a venda, fato que deixou os dois irmãos chateados, pois agora a historia que eu havia contado eles tiravam a prova da boca de sua própria mãe,Marcio perguntou você vende ou já vendeu algum filho?Ela me respondeu tentei vender um só que acabei perdendo os dois para um casal que juraram comprar meu filho mais velho... E como se chamava teus filhos você ainda recorda?Claro que sim tenho muitas saudades de meus meninos, não tenho a mínima idéia por onde andam ou vivem, o Felipe era o meu mais velho e meu caçula Marcio se foram mais ainda me resta essa menina que nunca vou abandoná-la jamais, os dois irmãos abraçados choraram e eu os acolhi em meus braços, após alguns minutos daquela emoção toda Marcio apanhou a pequena menina em teus braços e beijou-a carinhosamente e Felipe repetiu o mesmo gesto e juntos olharam para aquela mulher e disse mãe levaremos nossa irmã para junto de nós, a mulher rapidamente levantou-se e olhando para os dois homens agora em sua frente ajoelhou pedindo perdão, Felipe segurando em teus braços disse levante mãe o que passou ficou para trás, de me aqui um abraço, confesso que aquela sena me roubaram algumas lagrimas de emoção, depois de conversarem um pouco prometeram voltar outro dia mais não queria vê-la naquelas situações e naquele mesmo dia tiveram a permissão para que pudéssemos levar Anna Clara para casa, felizes saímos juntos, aquela mulher não parava de me agradecer por não ter deixado teus filhos separarem um do outro, ao chegarmos em um bairro onde a luz em diversas casas eram a base de velas ou lamparinas encontramos um senhor pelo estado que estava parecia muito doente era o mesmo catador de alumínio que eu conheci anos atrás , ou seja o pai dos meninos, deixei que eles ficassem a sós e ouvi perfeitamente o homem agradecer a deus pelos filhos sadios e fortes que estavam a sua frente, depois desta visita o Sr Joaquim que era o pai biológico dos meninos faleceu e Gorete a sua esposa não suportando a solidão tirou lhe a própria vida cometendo um suicídio, para a felicidade não só de Felipe e Marcio mais sim para mim e Vanessa tínhamos agora nossa família formada e unida os três legítimos irmãos recebendo os nossos carinhos... NARREI ESSE CONTO ATRAVES DESTE QUE VÓS ESCREVEIS PARA QUE REFLITAM SOBRE A VIDA NESTE PLANO FISICO EM QUE VOCES VIVEM, TOMEM CUIDADO EM CERTAS DECISÕES PROCUREM VIVER COM DIGNIDADE OFERECENDO UM ABRIGO DECENTE PARA OS FILHOS QUE CHEGARAM.                     Fiquem na paz.
                                                                                              GABRIEL. 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O LAGO ( UM SONHO)


Naturalmente aceitei o que fui destinado a passar entre tantas pessoas de índole hora positiva, hora negativa a minha intenção não era viver de sonhos mais o enfraquecimento do meu eu tomou conta de mim por inteiro e quase me perdi na lição de um sonho perturbado.
Vim a esse plano físico com uma meta a ser alcançada onde não imaginaria passar pelo que deixei acontecer naturalmente, não posso reclamar da família em que escolhi de livre arbítrio desde a minha escolha para a reencarnação, ainda recordo a alegria de minha mãe quando pela primeira vez pode oferecer-me um carinho ainda na maternidade de San Francisco, los Angelis meu pai era um respeitado advogado daqueles que entrava num caso para ganhar e sempre ganhava já minha mãe tinha um moral a mais, depois de tanto estudar e formar se em advocacia ainda passou longos quatro anos em busca de algo mais, era persistente e conquistou no seu doutorado uma cadeira na promotoria onde era responsável em lavrar as sentenças de muitos, principalmente de uns amigos meus... Sei lá se foram meus amigos, pois nem um deles soube aceitar a que vieram resgatar neste plano físico, esse resgate de vidas passadas das quais nem tive a curiosidade de conhecer, aos cinco anos de idade já era um menino que não admitia perder, nem nos joguinhos de bolinhas de gude no quintal de casa, lembro com remorso do Túlio meu primo de idade menor que a minha, ele que apesar dos teus quatro anos não tinha medo de nada nem mesmo de minhas ameaças, fui arrogante, traiçoeiro e mentiroso mais sempre procurando vantagens em prol do meu eu... Há os outros, os outros e que se ferrassem tava nem ai para as dificuldades dos muitos que eu até mesmo no primeiro ano de estudo ignorava, preferia jogar o restante do farto lanche fora do que dividir com Toninho meu vizinho que mal eu ouvia teus reclames tipo “estou com fome”, só respondia e daí! Até aqui foi a pura realidade!
Dormindo sem ao menos agradecer ao bom Deus adormeci e me vi em outras dimensões negativas... O sonho!
A professora Suely uma excelente educadora mais ela que foi para mim um espinho na mão, era muito exigente principalmente comigo depois que mamãe pediu para que ela cobrasse meus deveres estes que eu nem esquentava em copiar, em casa tive a companhia de dois espíritos de muita paz o Anderson e Janara meus irmãos, Andersom o mais velho e o mais sabido segundo mamãe, Janara era meiga foi a única a ter as características de nossa avó Madalena, olhos mais que azuis e um cabelo ondulado, morávamos em uma casa com tanto luxo que me perguntei diversas vezes para que isso tudo? Mal sabia distinguir os merecimentos de meus pais, e fui aprendendo com os dias, mais era as noites que eu me aprofundava nem sem o porquê querer conhecer lugares que eu deixei que entrassem na minha vida, caminhos de abismos e enganações, juro que tentei por diversas vezes distanciar-me daquelas sombras da ignorância... Digo ignorância, pois estava jogando fora tudo que eu mesmo havia escolhido antes de reencarnar, eu já sabia que seria mimado e nada me faltaria, parece que eu sentia que algo me faltava e para completar comecei a desviar dos conselhos recebidos dos meus pais, meu irmão Andersom sempre era rodeado de lindas garotas e tuas amizades eram escolhidas a dedo, a maioria filhos de médicos, engenheiros essas babaquices todas, as tuas amizades nunca foram bem vindas por mim, não sei por que, Janara esta sim eu rodeava teus passos dia e noite, e numa noite dessas fiquei sabendo que ela teve a permissão de mamãe para curtir um show com mais umas amigas, e eu? Sempre a mesma ladainha você ainda só tem treze anos... Eu respondia mais também tenho amigos, e vivo na mesma casa que você e sou seu único companheiro, não e justo você sair e deixar-me aqui só com Milene, Milene que sempre prestou serviços em casa desde a minha chegada tinha lá teus quarenta e seis anos era uma morena cor jambo, e morava com agente a Mirtes tua filha sempre passava um final de semana em casa, morava com teus avós ela era formidável, fantástica era um prato cheia para matar qualquer fome de aventuras a dois, Meu na adolescência vivia imaginado poder fantasiar meus desejos com aquela morena, nem para isso prestei, nos fundos da nossa enorme casa agente que morava retirado da cidade uns cinco quilômetros tipo um condomínio de luxo no pé de um morro que dava vista ao longe da linda cidade, possuía um lindo lago tuas águas escuras mais que ao bater fortemente a luz do sol pareciam filtrar a escuridão de suas águas, ali era criado ao teu estorno um casal de cisne, patos e uns guará tipo rosa flamingo, eu não sei o que acontecia comigo era só aproximar daquelas águas sentia tipo uma corrente energética ao meu favor que parecia forçar minha massa física em sua direção, eu que já falei que desde menino não aceitava perder para ninguém então passei a desafiar aquelas energias, um dia desses minha mãe flagrou-me conversando com tom de voz alta e acusações contra aquele lago, nele eu juro que via diversos rostos que zombavam de mim o que fez eu pensar que talvez ali poderia ter algo a mais do que água, fui encaminhado e levado diversas vezes pelos meus pais a um tal de psicólogo ele que para mim não passava de um bastardo querendo saber da vida e sentimentos dos outros sem nem mesmo conhecê-lo direito, acho que de tanto reclamar quando completei dezoito anos fui presenteado com um carro que dava inveja a muitos, juro que nos primeiros dias e nas primeiras semanas eu passava quase o tempo todo acariciando o lindo presente que papai havia me oferecido com muito carinho, agora pensava eu só me resta ser alguém...Mais Quem seria eu? Passei a deixar as imaginações tomar conta de minha mente, no cursinho babaca que minha mãe dissera-me que poderia levar-me em uma direção frutífera, juro que nunca passou pela minha cabeça esse negocio de administrar alguma coisa, o proveito que tirei durante três anos de enganos foi Dalva uma loira que não possuía defeitos algum, parecia ser esculpida a mão, era um prato cheio para começar ali a me perder entre aquela fartura toda de mulher, Acassio sempre se achava mais poderoso e não deixava eu aproximar se quer de nenhuma garota então comecei a fazer teu jogo, numa balada realizada na pequena e simples residência de Dalva estávamos todos reunidos faltava o lazarento do Acassio chegar eu torcia para que ele não aparecesse fato este que não durou muito e lá estava ele, chegou e veio direto até a mim falando ai burguesinho a roda aqui não tem espaço para você não morou!Falei qualé malandragem você pode impor suas ordinhas de moleque lá fora aqui não darei ouvidos a você, pois estamos na casa de Dalva, e o Nestor recebeu-me com muita educação, agora se Dalva quiser que eu me retiro farei a vontade dela não a tua...Ei parem com isso, falou fortemente Dalvinha se vocês não combinam porque casaram... E muitos dos que pensei que eram amigos riram das palavras proferidas por Dalva, senti sendo ignorado e acho que Acassio também, primeiro saiu ele e logo em seguida fui despedindo onde Dalva e Nestor pediram para que eu ficasse não aceitando o que meus ouvidos ouvira do casal de irmãos sai, antes sussurrei nos ouvidos de Dalva você não me conhece menina, você descobrirá que não se deve brincar com sentimentos de ninguém!
Confesso que sai injuriado e era capaz de estraçalhar se preciso for até mesmo minha própria sombra, passando pela avenida das rosas avistei Acassio em uma lanchonete parece estar curtindo a minha desgraça, ele e mais uns dois camaradas que traziam enjôos pela a aparência negativa, mesmo assim resolvi falar com Acassio primeiro precisava bolar algum plano ou uma maneira de que ele percebesse que eu não estava nem ai para o que havia acontecido, ao aproximar da mesa dos mesmos Acassio levantou apressadamente como se estivesse visto uma assombração, falei ei calma ai camarada vim em paz, fui convidado a sentar com eles, entre uns copos de cerveja e uísques fui conquistando a confiança daquele que eu queria mesmo era ver sua desgraça, quando falávamos os dois que acompanhavam Acassio falaram que precisavam resolver uma parada e saíram, melhor para mim e meu plano, convidei Acassio para irmos em casa ele que assustado disse você está de brincadeira não e mesmo, Respondi porque o que tem a ver convidar você para ir em casa, afinal a mulher que queríamos praticamente excluiu agente... Bom se e assim vamos lá eu tenho mesmo curiosidade em poder conhecer seu castelo mano veio, sai na frente, ele em um Corcel seguiu meu possante poche ao chegarmos em casa notei uma movimentação diferente no enorme jardim onde era local para colocar diversos veículos e ao fundo na área de lazer um mutuado de pessoas era uma comemoração só não sabia do que se tratava, Acassio olhando para mim pediu desculpa e falou cara eu não sabia que você era tão legal me desculpe-me pelo o que causei entre você e Dalva, respondi deixa quieto vamos lá, seguimos em direção ao movimento o som era os dos melhores baladas dos anos sessenta e setenta, nunca tinha visto tanta mulher boa daquele jeito, mais eram as patricinhas do meu irmão, chegamos e fomos recebidos de uma forma da qual podemos chamar rejeição, não quis nem saber cumprimentei alguns e pegando uma garrafa de uísque El Calderon que papai havia trago da ultima temporada de suas férias ao México, e lógico que uns quibes acompanhariam bem, entregando o uísque e o gelo para Acassio disse a ele precisamos conversar um pouco e acertarmos umas duvidas, acompanhe-me, sem ter noção alguma Acassio acompanhou-me chegamos próximo ao sinistro lago onde apenas um casal de Marrecos refrescavam-se, papai que sempre gostou de tudo organizadinho e não esqueceria de construir tipo uma cobertura com madeiras de angico cobertas com folhas de Embaúba, sentamos e começamos a nós falar e nesse vai e vem de um assunto sem destino algum perguntei se Acassio estava sentindo-se bem, se ele não notava algo diferente naquelas águas escuras do lindo lago florido, ele resmungou dizendo que eu estava louco com as historias que eu já tinha contado, tipo visões de rostos diferentes que sorriam para mim, no meu eu profundo só via o corpo de Acassio nas profundezas daquele lago parecendo cobrar me uma oferta, pedi licença dizendo que voltaria rapidinho, ele disse tudo bem vai lá quem sabe assim eu sozinho posso ver os teus rostos sobre o espelho dessas águas Calmas, e riu o bastante para que meu sangue viesse à flor da pele, eu precisava sumir com aquele cara para sempre de minha vida, uma eu tinha a certeza de que ele nunca mais excomungaria minhas vontades e a outra se alguém desconfiasse de algo ou tentasse incriminar mamãe e papai estaria defendendo-me então era só finalizar o plano iria eu oferecer minha primeira vitima para o sombrio lago retornei com a convicção de que meus olhos não enxergariam nada a não ser deixar o ódio tomar conta de mim naquele instante, ao aproximar de Acassio sem que ele ao menos perguntasse algo desferi um golpe certeiro gravando um punhal em seu peito ele que caiu com teus olhos arregalados como se estivesse querendo dizer-me alguma coisa, em quanto meu irmão divertia com teus amigos eu realizava minha cobrança ali mesmo, apanhei uma pedra que sustentava o beiral do pequeno cercado e com meus cardaços e um cinto amarrei as pernas do otario e joguei lago adentro, verifiquei se o corpo afundou este que desapareceu entre a noite fria, como se nada estivesse acontecido voltei para a área de lazer ficando a uns metros de distancia e logo veio até a mim o Andersom o gostozão da mamãe, disse-me vamos cara se achegue até a nós, respondi to a fim não e agradeci ele perguntou e o camarada que te acompanhava onde está? Respondi sei lá o cara parece maluco... Ele você e tuas amizades ainda vão acabar caindo na vala, ignorante fui ao dizer sei caminhar sozinho vá babar teus amiguinhos, notei que ele saiu preocupado sai dali com o objetivo de sumir com o corcelzão do Acassio, reboquei o mesmo até ao pé do morro e deixei que ele despencasse de uma altura que ao tocar o chão lá em baixo a explosão foi tanta que rapidamente pude ver ao longe o aglomeramento de pessoas sumi em um piscar de olhos, a todo instante sentia-me como se estivesse caindo de um prédio de uns vinte andares, sombras de espíritos sorrindo para mim, uns cuspindo fogo outros com arcos em punho me via entre uma bagunça e muito mau cheiro, eu precisava acordar daquilo tudo não conseguia e minhas atitudes continuavam, não entendia o porquê viajava em um mutuado de incertezas tentava fazer uma oração nada saia, buscava a imagem de mamãe só conseguia ver um vulto desfigurado e Dalva toda deformada e meu desespero continuava, pois em minhas mãos só surgiam às armas certas para desmascarar os que me queriam por baixo, a festa era real diante da negra fumaça que me rodeava mais um pouco distante o lago que hora se enchia de podridões e hora trasbordava flores e diversos espíritos se evaporarão como se estivessem sofrendo, estava perturbado por algum tipo de cobrança não sei o porquê, que lugar e este lembro que depois da aula cheguei em casa por volta das vinte e três horas o silencio tomava conta ao redor do condomínio e não demorei muito para pegar no sono, será que tudo que fiz e que me aconteceu até agora foi sonho, tomara mais como eu não consigo abrir meus olhos que agonia meu deus, esses abismos estradas esburacada, um túnel onde suas encostas jorravam sangue onde o forte cheiro de enxofre deixava-me praticamente sem respiração ao final desse túnel podia ver uma luz com raios esverdeados um amarelo fluorescente onde poderia estar eu será que desencarnei mais como...Cadê a luz do sol, tomara que meu espírito não tenha me abandonado nesta escuridão de Interrogação tomara que eu esteja mesmo sonhando não vou aceitar o que vivi nesses desencontros do meu eu, como poderia odiar meus irmãos, teus amigos, e o Acassio ele que sempre me ajudou nas pesquisas da faculdade, mamãe e papai são meus heróis, meu Deus a Professora Suely para mim foi meu tudo e nunca um espinho minhas primeiras escritas ensinadas carinhosamente por ela jamais esqueceria... Onde estou?Quem e este que está aqui... Socorro alguém me ajude se eu estiver sonhando que me acordem mais se estiver acontecendo tudo isso me ajudem... Não a filha de Milene não me proíbe de aproximar dela e mais que uma irmã para mim e eu jamais viveria em teu encalço querendo acaricia - lá ou algo mais... Mileneeee me ajudeeee.
O ALIVIO RENASCI PARA A VIDA!
Ufa ainda bem que fui acordado pela minha melhor amiga irmã, ela que fazia vigília junto a Rosemeire a enfermeira chefe do Hospital consolado coração de Jesus, estava eu recuperando de uma overdose experimentada pela primeira vez junto á aqueles que me confiaram segurança e uma amizade sincera, estou agora reconhecendo a todos inclusive o Acassio que nesta minha viagem monstruosa foi minha vitima, abraço-o fortemente pedindo desculpas sem ter mesmo vivido o que sonhei, quis saber do lago Milene que sempre esteve ao meu lado desde menino contou-me que papai e mamãe colocaram uma linda cascata e agora estava ainda mais povoado com um lindo casal de pavão, aves estas que sempre quis ter, Janara que me aliviou desta ansiedade da escuridão trouxe-me um livro de Chico Xavier o “O OUTRO LADO DA VIDA”, pediu que durante a minha recuperação fizesse a leitura pausadamente que eu poderia encontrar as respostas dos lugares que passei e o porquê transportei meu espírito por destinos que eu jamais desejarei a mim e a ninguém, meus queridos nem imaginem se sentirem em algum lugar dos quais estive, agora entendo o que Loreta a minha professora de educação religiosa queria dizer “Que o nosso espírito se esvai pelas sombras da noite , nas mais profundas dimensões de um elo perdido em busca de suas incompreensões, este que nós abandona quando estamos dormindo”, ainda bem que foi um SONHO e o lago hoje e um ponto de referencia para muitos dos curiosos que também dizem ver sombras sobre o mesmo espelho de águas  escuras, das quais muitas vezes vi, hoje conhecedor de que minha vida no plano físico foi a melhor das que tive e torço muito para que eu possa restabelecer a oportunidade e merecimento para reencarnar, mais ainda não fui totalmente fluidificado pelas energias cósmicas da espiritualidade, nós dias de hoje muitos dos que conseguem enxergar alguma sombra refletida sobre o lago saibam que meu espírito está presente.                                       Fiquem na paz.
                                                                                                                                                                                                                                                                  GABRIEL.