terça-feira, 31 de agosto de 2010

MEU SANGUE

Veraaaa... Hóóóó Veeeeraaaa, eu tinha tanta segurança em minha irmã que não há deixava em paz, era mais que meu sangue era minha vida, meu alicerce e meu exemplo de vida, seguidora assídua das escrituras evangélicas das quais eu ouvia constantemente serem sussurrados aos meus ouvidos carinhosamente, Ela que me pronunciava palavras encorajadoras tipo. Não queira nunca Romualdo desviar das palavras que te profetizo no teu hoje para que no seu amanhã não venha passar por tormentos desse mundo misterioso, tinha eu a certeza de que levaria para todo meu EU aqueles ensinamentos, ela que substituirá mamãe na minha criação, perdemos Dona Lurdes quando eu ainda era pequeno ela teve dificuldades para recuperar-se de uma doença desconhecida na época, hoje muitos ai no físico chama de pneumonia pulmonar, tadinha de minha mãe ficou tão irreconhecível ela que era robusta uma linda morena de olhos castanhos claros, a doença veio muito forte deixando-a com o físico de um desnutrido, tudo para mim era Vera até mesmo as permissões para que eu pudesse jogar um futebolzinho com uns amiguinhos próximo de casa, adorava e muito minha querida Vera, nunca me soube falar não, trabalhava arduamente e sempre voltava para casa com algum doce ou adivinhando o que eu desejava, adorava e muito um sorvete de morango que senhor Tanaka fabricava, confesso que eu não desejava mais nada a não ser que o papai do céu desse sempre saúde e a mesma vontade sempre para que minha Verinha continuasse com a tolerância de sempre comigo, alem de oferecer teus cuidados para comigo ainda tinha a responsabilidade de acompanhar a saúde de meu pai, ele que ficou debilitado desde o desencarne de mamãe, e lógico que tia Clara ajudava quando podia, esta que também tinha tuas dificuldades tipo meu primo Aristeu possuía uma paralisia no lado esquerdo do corpo, mais era ele que preenchia minhas vontades na hora que queria brincar um pouco, tive uma vida de muitos mistérios dos quais Vera sempre comentava comigo, aos quinze anos tive minha primeira oportunidade de fazer algum trabalho para ajudar em casa, e o engraçado está oportunidade foi me confiada justamente pelo dono do melhor sorvete que eu tanto adorava o senhor Tanaka foi para mim meu segundo pai, e Dona Eliane a senhora sua esposa mesmo com minha idade ofereceu-me os mesmos mimos que mamãe, ali em sua casa Passei longos três anos, e nesse período fui agraciado com uma bolsa de estudos oferecido pela minha segunda família, comecei com muitas dificuldades meu maior sonho era ser um excelente medico na área da pneumonia está doença que separou mamãe de mim, estudava até as madrugadas devorando tudo quanto era livro que se referia há está doença, fui muito persistente e dedicado, o Dr. Lucio Gouveia que era o clinico responsável em ensinar tudo que sabia e falava diariamente que não bastava ser igual a ele teríamos que ser melhor do que ele, e nunca nos esquecermos do nosso juramento, esse tal juramento que hoje e esquecido por muitos eu que sempre decorava e acho que mesmo daqui ainda lembro “E u juro que ao realizar a grandeza de curar serei justo aos conceitos da sinceridade e honestidade trazendo comigo sempre se preciso for à caridade a favor dos que me procurarem e a favor da ciência do homem de hoje e do amanha”.
E claro que nós dias de hoje ai muita coisa mudou, mais nunca esqueci que eu tinha escolhido salvar vidas, não fui um tipo ganancioso e por diversas vezes atendi meus pacientes sem cobrar um tostão se quer, e acho que e poriço que tive sempre bons resultados em vencer aquela doença que me separou de minha mãe, bom eu sou sempre assim gosto de adiantar o que vivi ai no meio de vocês onde muitos reclamam, mais confesso que só somos derrotados se permitirmos, analisando hoje quem diria que eu poderia colocar em minha parede um diploma de doutorado, não e querendo me gabar não eu fui muito respeitado, fato este que me fez chefe geral do setor cirúrgico, e tinha uma excelente equipe medica inclusive a Maristela uma técnica de enfermagem sempre comenta aqui comigo quantas vidas defendemos juntos e conseguimos vencer os sofrimentos dos que me confiavam atendimento.
Olha depois que Vera achou que sua missão em cuidar de mim já havia chegado ao estagio tipo... Agora meu irmão sinto que você já pode caminhar sozinho, mais sempre estarei juntinha de você, ela que aos trinta e três anos casou-se com o Arnaldo um simples encarregado de obras mais muito honesto e sincero, a casa de minha irmã serviu-me de moradia até uns dois meses depois de minha formatura, onde morávamos antes era doada pelo irmão de papai o tio Anísio que ficara muito doente onde foi necessário o Lazaro o filho mais velho vender a casa,pois o gasto agora era em dobro já que meu primo também era paralisado de um lado e o tio sofreu da doença de atrofia muscular onde os ossos também enfraqueceram sendo necessário o uso continuo da cadeiras de roda, no ano de hum mil novecentos e setenta e dois tanto titio como minha tia desencarnaram, deixando saudades para os que ficaram entre esses ainda estava eu, consegui com meu trabalho honesto e sempre lembrando do que vera havia me alertado desde quando eu ainda ouvia teus conselhos sobre esse mundo físico misterioso, só que não explicou-me o que poderia ele os mistérios oferecer-me, Vera e Arnaldo tiveram um casal de filhos muito lindos a Janaina e o Juliano, e eu era o tio mais feliz desse mundo, confesso que apesar de ser um medico respeitado não fui feliz no que chamamos de vida a dois, cheguei a ficar noivo da Paulinha esta que conheci ainda fazendo doutorado, ela sempre foi muito sincera no que dizia, quando ouvia dizer-me alguma coisa lembrava sempre da minha escudeira Vera, faltando um mês para que acontecesse nosso casamento ela educadamente falou de coração que talvez eu ou ela não seriamos felizes um ao lado do outro, reforçou ainda que o que havia acontecido entre agente sempre seria lembrado por ela, mais nosso relacionamento havia ficado muito monótono vazio e sem graça, juro que aceitei com o coração apertado tive que chorar nos ombros de minha Irmã que sempre apoiava-me no que fosse possível, eu que já tinha construído uma bela casa com os gostos de Paula,mais hoje entendo o que aconteceu entre agente, Fiquei sabendo que em outras vidas fomos quase irmãos, então nós reencontramos para terminar o laço que existiu entre agente como bons amigos, ela se casou com Dr. Jair da ortopedia e o engraçado que ficamos muito mais amigos que antes, não sabia como eu iria suportar dentro daquela enorme casa, onde eu desejava sempre poder talvez ver meus filhos correndo, conversando com Vera e Arnaldo eles aceitaram dividir comigo aquele enorme espaço, para minha felicidade podia ouvir os gritos gostosos dos adorados sobrinhos, em um final de semana estava de plantão na santa casa de misericórdia, não era meu dia mais também entendia de muitos outros casos e as vezes aceitava trocar de plantão com o Dr. Jair ele que se casara com aquela que poderia estar ao meu lado, nesse dia Jair foi sincero dizendo me que necessitava de um final de semana longe daquele cheirinho de éter, formol e longe de bisturis, porque sua esposa já estava preocupada também com o relacionamento da vida entre os dois, sabe aquele dia que você parece sentir alguma coisa querendo te agarrar a força tentando impedir que você saia de casa, então tudo isso eu senti nesta noite, ao sair de casa despedi dos sobrinhos e na varanda Vera sorria para mim pois carinhosamente tinha passado uma rasteira no meu querido cunhado, dele que recebi um abraço tão forte que não consegui responder o mesmo carinho, Vera aproximado-se de mim olhando em meus olhos falou vai com deus meu filho irmão, aquilo penetrou em minha mente explodindo em meu coração, a felicidade nos olhares de cada hum era tanta que me fez esquecer da mini maquina de escrever, está que usava para receitar os medicamentos, hoje são prescritos tudo a mão confundindo todo mundo que necessita ajuda para decifrar os rabiscos, ao chegar fui direto para o consultório de numero cinco onde trazia o nome do Dr.Jair, eu nunca fiquei sabendo na época que estive ao lado dos outros clínicos algum problema com Jair, ele que me transmitia uma segurança muito verdadeira, Afinal estava nessa vida da medicina há mais tempo que eu, e tudo que vinha dele tirava proveito, olha quando temos que pagar pelos erros dos outros não temos escolha, não conseguimos fugir da realidade ja preparada desde a nossa encarnação, aqui fiquei sabendo de tudo e me sentindo um tolo por ajudar aquele que já tinha tirado Paula de mim, também fizera com que tirassem minha vida. Era por volta das vinte e três horas onde eu já havia prestado um atendimento na área do clinico geral, o movimento graças a Deus era razoável, e os pacientes ali não eram todos destinados há mim, antes mesmo de conhecer o Jair ele já era medico numa cidade próxima onde fui criado e estudado a vida toda, aonde ele chegou e foi criando teus laços de amizade e entre muitos laços lá estava eu... Se arrependimento matasse como muitos ainda dizem, eu não teria tido o prazer de conhecê-lo, nessa cidade onde ele morou por diversos anos cometera um assassinato quando prestava atendimento há uma senhora muito afamada e respeitada naquela cidade, erro medico constatou a investigação, como já tinha uma grana boa livrou-se das acusações e teve a permissão da justiça para mudar de endereço, e tinha que ser logo na minha pacata cidade, quando estava prestes a sair para tomar o costumeiro cafezinho, eu que ainda estava de costas para porta entrou violentamente um rapaz que eu nunca tinha visto ainda gritou... Ei Dr. Jair mande lembranças para minha mãe... Sem dar oportunidade de explicar que eu não era o Jair ele disparou diversas vezes, aos poucos fui sentindo a mesma sensação que eu sentira quando estava saindo de casa como se alguém quisesse proibir-me de sair, hoje do meu lado a minha amiga que fora minha mãe disse-me que tentou anular meu desencarne mais era o final da minha missão junto ao plano físico, depois de toda confusão o filho daquela que Jair tirara a vida eu que confesso fiquei sabendo que não teve nenhuma culpa do acontecido, pois os procedimentos foram corretos, mais a massa física daquela senhora estava esquecida pelo espírito que te regia no momento, então estava desvendado um dos tais mistérios que Vera sempre me dizia... Daqui fico muito feliz porque hoje o casal de sobrinhos que deixei está exercendo a mesma profissão que a minha e com muita responsabilidade, vez enquanto participo de uma cirurgia ou outra em espírito levando os raios de luz e paz, Vera e Arnaldo ficaram morando na minha casa e na que eles moraram transformaram-se no lar do idoso Dr. Romualdo, então nunca duvide de que você também ainda está ai no físico ate agora mesmo passando por dificuldades, dores, agredindo e sendo agredido não e por um acaso e porque já estava planejado desde a sua primeira intenção de reencarnar. Fiquem na paz.

GABRIEL.

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